Regimes de propriedade
Autor | Wladimir Novaes Martinez |
Ocupação do Autor | Advogado especialista em Direito Previdenciário |
Páginas | 112-113 |
Page 112
"Aquele que puser as mãos sobre mim, para me governar, é um usurpador, um tirano. Eu o declaro meu inimigo" - airmou Pierre Joseph Proudhon.
Ao lado de outras classificações, os regimes políticos modernos costumam ser chamados de democráticos, capitalistas, socialistas, ditatoriais, meio despóticos e, alguns, com algum viés da social-democracia.
A França, Espanha e Itália, além de outros países, experimentaram os governos oriundos de partidos socialistas sem que se possa equipará-los às nações de estrutura nitidamente centralizada, caso da antiga Alemanha Oriental ou da URSS, antes de 1989, e da China ou Cuba.
No pertinente ao regime de propriedade o capitalismo seria regime unitário e o socialismo, nacionalizado.
Enciclopedicamente, essas teriam feições democráticas, republicanas, monárquicas e até totalitárias. As ditaduras seriam totalitárias e muito raramente esclarecidas, algumas até ligeiramente com resquícios constitucionais.
Pela própria natureza os Estados socialistas suscitam maior controle ou rigidez na economia e, ipso facto, relações entre patrões e empregados, por osmose, têm inluência decisiva sobre as ações humanas.
Exercitam o comando mais agudamente que os governos ditos democráticos ou capitalistas, em que o laissez faire é acentuado. Todavia, com vista ao seu desiderato, os socialistas são mais ousados, corajosos e menos ineptos.
Logo, o fascismo e o nazismo não hesitaram em momento algum em atingir os seus nefandos objetivos de destruir os seus adversários ou quem não aprovassem.
Igualmente isso se passa com estamentos governamentais sob uma dominação religiosa, máxime quando a crença absoluta serve como meio de inluenciar o cidadão-iel.
Esses governos não conseguem distinguir a idelidade do indivíduo ao Estado ou à Igreja.
Quase todas as organizações religiosas, por força de sua natureza hierárquica, exercem sobre os seus membros um forte domínio, às vezes, uma expressão da bem-vinda autoridade natural.
Comumente autoritária, não deixam de ser manifestações efetivas de comando exercitado.
Neles, a autoridade é nítida em razão de sua origem histórica.
Não lhes falta a ousadia para isso.
O Estado capitalista deseja ser democrático, o que é recomendável, mas, como acentuado, não consegue evitar os exagerados instrumentos de controle de um modelo e as práticas excessivas da liberdade econômica.
Os Estados Unidos patinam entre proibir a livre compra de armamentos por particulares e a...
Para continuar a ler
PEÇA SUA AVALIAÇÃO