Prefácio à entrevista do ministro Paulo Brossard

AutorFernando de Castro Fontainha/Ângela Moreira Domingues da Silva/Izabel Nuñez
Páginas9-15
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PAULO BROSSARD
Esta pesquisa pretende trazer às comemorações dos
25 anos da Constituição Federal um novo discurso científico
sobre a Suprema Corte brasileira: sua história oral. Numa
empreitada da FGV Direito Rio, em conjunto com a Direito GV
e o CPDOC, pretende-se reconstruir e reinterpretar a história
recente do STF a partir de entrevistas com os magistrados que
a compuseram nestes últimos 25 anos, com recurso ao método-
fonte-técnica da História Oral. A perspectiva dos atores que
compuseram a corte e a maneira como eles reinterpretam
fatos à luz de experiências vividas permitirão a construção de
uma narrativa sobre os aspectos sociais e políticos da história
recente do Supremo. Contando-nos a história da sua relação
com a instituição, nos contarão a história da instituição.
Sete etapas foram previstas para a realização da
pesquisa: (1) um breve programa de capacitação metodológica a
ser ministrado pelos pesquisadores aos assistentes de pesquisa
e bolsistas de iniciação científica, (2) a coleta de dados sobre
o STF no período em questão, (3) a coleta de dados específica
sobre cada um dos ministros a serem entrevistados, (4) a
consolidação dos dados coletados e a elaboração dos roteiros de
entrevista, (5) a realização das entrevistas com os ministros, (6)
o tratamento e a análise dos dados coletados, e, finalmente, (7)
a elaboração dos produtos finais da pesquisa, entre os quais se
destaca a presente entrevista com o ministro Paulo Brossard.
O que efetivamente esta pesquisa visa produzir é
uma história oral temática, no seu sentido mais amplo. O que
se pretende é a construção de uma biografia institucional
do STF com o marco temporal da vigência da Constituição
Federal de 1988, sendo certo que esta se consubstancia numa
espécie de biografia coletiva daqueles que o integram e o
integraram nesse período. O interesse é estabelecer conexões
entre a trajetória dos seus ministros e ex-ministros – e não sua
biografia ou sua história de vida – e a corte. Note-se a existência
de uma dupla perspectiva: individual e institucional. Num

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