Nota das Coordenadoras

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Mauricio Godinho Delgado completa em 13 de maio de 2013 sessenta anos de idade. Mais que um jubileu, é ocasião de presenteá-lo como forma de agradecimento pela sua contribuição para o aperfeiçoamento do Direito do Trabalho e pelo seu compromisso com a Justiça Social.

O presente não há de ser uma mera coisa a se oferecer. A prenda, então, haveria de ser mais que um algo, um sentido especial e de correspondência com sua história de dedicação ao Judiciário e à Academia.

Presente. Essa palavra de origem latina (praesens, -entis) carrega outros sentidos que melhor se relacionam com o homenageado ou que podem imprimir maior significado ao tributo.

Presente é aquilo que está no lugar ou sítio onde se fala ou de que se fala. É o antônimo de ausente.

Mauricio Godinho Delgado nunca faltou aos grandes debates públicos acerca dos grandes dilemas do mundo do trabalho, quer na perspectiva institucional, quer no plano reflexivo. Entre as cíclicas crises do capitalismo global, nas diversas tentativas de esvaziamento do papel do Estado e Direito na proteção do trabalhador, esteve presente o Magistrado no bem desempenhar de seu ofício e o Mestre afirmando a centralidade do trabalho para a sociedade política.

Portanto, neste aspecto, ele se fez presente e o presente, no sentido de dádiva, foi recebido pelos jurisdicionados e pelos que se dedicam aos estudos desse fascinante aspecto da vida social.

Presente também traz consigo o senso do que se tem à vista, manifesto, patente, evidente.

Em tempos que o império da economia, em detrimento de uma visão humanista do Direito e do Estado, seduziu em grande medida os círculos acadêmicos, Mauricio Godinho Delgado se fez presente.

Resistiu à naturalização do discurso de desvalorização do trabalho, restaurando o manifesto e evidente compromisso do Estado e do Direito com o homem. Como na poética de Bertold Brecht, desconfiou do trivial e singelo e não aceitou a "confusão organizada, de arbitrariedade consciente, de humanidade desumanizada" e que "nada deve parecer natural, nada deve parecer impossível de...

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