Nicolau maquiavel
| Autor | Wladimir Novaes Martinez |
| Ocupação do Autor | Advogado especialista em Direito Previdenciário |
| Páginas | 74-78 |
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"O primeiro método para estimar a inteligência de um governante é olhar para os homens que tem à sua volta" (disse Nicolau Maquiavel)
Nicolau de Bernardo Maquiavel foi arguto historiador, político e diplomata do período do Renascimento. Reconhecido como o fundador do pensamento político moderno; ele meditou sobre um Estado e um governo como eram na sua época bem conturbada.
Ele preferiu perscrutar o que era o ser que o envolvia, sem deixar de examinar o que deveria ser.
Ajuizar sobre a sua imensa obra poderá ser útil à compreensão da estrutura do Estado atual. Mesmo sabendo-se que pensou durante a Idade Média, vivendo numa Europa dividida em reinos, principados e poucas verdadeiras repúblicas, os Estados mais fortes estavam conquistando os territórios dos países mais fracos.
Isso propicia muitos ensinamentos para a governança política, à evidência, aqui sopesados em suas linhas bastante gerais, tão somente pela rama.
Valerá repisar um tanto; porque de pouco servirá esse exame se os seus conceitos não forem adaptados a atual realidade do século XX.
O Príncipe
O Príncipe, de todos, é certamente o livro mais conhecido de Maquiavel. Ele foi escrito em 1513 e foi publicado em 1532, depois de sua morte e ele continua exercendo extraordinária inluência como livro de cabeceira de políticos modernos.
No início da obra emergem-se os principais tipos dos Estados existentes e inúmeras nuanças e cada um deles.
A partir daí, ele defendeu a necessidade de o governante, a quem chamava de príncipe, basear as suas forças em exércitos próprios, deixando de lado os então mercenários.
Depois de tratar do governo propriamente dito e dos motivos por trás de toda fraqueza dos dirigentes, ele exortou um novo governante para libertar a Itália.
Quer dizer, atualmente, escudar-se nos seus amigos companheiros, que o apoiem, nunca se esquecendo dos que não são amigos.
Defendeu a centralização do poder político, mas não propriamente o absolutismo.
Suas considerações e recomendações ao mandatário a respeito de uma melhor maneira de administrar o governo caracterizam a sua obra como uma teoria do Estado moderno.
Toda a ciência de Maquiavel envolve-se diretamente com a época durante a qual ela foi produzida.
O método utilizado por ele rompe com a tradição medieval ao fundar-se no empirismo e na análise dos fatos, recorrendo a uma experiência histórica experimentada na Roma Antiga.
Além disso, ele foi o primeiro a propor uma ética para a política, diferente daquela puramente religiosa; vale dizer, o seu principal escopo seria a manutenção do Estado.
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Maquiavel diz que um bom Estado depende de um bom governante e para que seja assim ele deveria deter virtudes reais. Seriam características relevantes do mandatário: ser bondoso, caridoso, religioso e desfrutar de elevada posição moral, que continua valendo para os tempos hodiernos.
Curiosamente, é estranho, não ser preciso possuí-las de fato.
Um líder deveria manter as aparências (sic). O governo precisa do apoio da opinião pública.
Maquiavel se preocupava em preservar o Estado, deixou conselhos para um soberano de como fazer. Assim sendo, ele apresentou propostas de como dominar as nações vizinhas.
A dominação militar era vista como conduta menos eiciente...
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