Introdução

AutorWladimir Novaes Martinez
Ocupação do AutorAdvogado especialista em Direito Previdenciário
Páginas7-8

Page 7

Va Pensiero sull’alli dorate. Va, ti posa sui clivi, sui coli. Ove olezzano tepide e molli. L’aure dolci del suolo natali (Ópera Nabucodonosor, de Giuseppi Verdi).

Este breve desabafo é perquirição supericial totalmente destituída de pretensões técnicas sobre a igura institucional, política e jurídica do Estado. Destina-se aos curiosos empedernidos, enfocando os embaraços que os governantes enfrentam para realizar o elevado desiderato de ensejar a maior felici-dade do cidadão.

Como se verá, não interessam suas virtudes, reconhecidamente inindáveis. Acaso inexistentes, e a organização social não seria capaz de garantir uma boa convivência à população das nações.

Cuida apenas dos obstáculos questionáveis devidos aos homens no poder.

Inicialmente, será inevitável tentar ixar a distinção entre o que seja o Estado e o que quer dizer o governo, e suscitar os inúmeros caminhos possíveis pavimentados com menos pedras soltas nessa trajetória.

São críticas de pobre sapateiro que censura as sandálias invertidas contidas na tela exposta na parede e tenta registrar tudo o mais que aparece no quadro.

Não espere aqui leitor quaisquer novidades que não conheça ou brilhantes pensamentos sobre uma matéria exaustivamente desenvolvida pelos especialistas.

A intenção é apenas consignar observações sobre alguns governos do Estado. Para tanto, não hesita em contextualizar declarações de autores, às vezes não identiicados ou colhidos na internet.

Subsistem muitas deinições: uma delas diz ser o Estado uma organização política, jurídica e social com poder soberano para direcionar o povo.

Quem empreende o Estado são indivíduos, pessoas físicas e não jurídicas. Seres, por vezes, desumanos, quando optam pela tirania.

O governo é conjunto de funções, programas e medidas, mediante as quais é assegurada certa ordem social no seio da população, manifestação fática do Estado.

Daí, as expressões "chefe de Estado" e "chefe de governo" que, além das formalidades técnicas, são duas entidades reais bastante íntimas, quiçá xifópogas.

Sopesados os tropeços marcantes, diante do ônus dos dirigentes em relação aos cidadãos em face da total invisibilidade da governança é quase impossível haver o monitoramento dos seus atos diuturnos por parte de quem deveria iscalizá-lo. A obra é imensa e não tem im jamais.

Uma direção centralizada não enfrentaria os problemas comuns às suas divisões políticas menores. Num município, os cidadãos são geridos com mais eicácia graças à...

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