Despreparados no ápice
Autor | Wladimir Novaes Martinez |
Ocupação do Autor | Advogado especialista em Direito Previdenciário |
Páginas | 37-39 |
Page 37
"Se deres um peixe a um homem faminto, vais alimentá-lo por um dia. Se o ensinares a pescar, vais alimentá-lo por toda a vida", airmou Anne Isabella Thackeray Ritchie.
O poder governamental deve ser exercitado por um homem proissionalmente experimentado para exercer esse mister. A Administração Pública reclama virtudes técnicas próprias intuitivas, uma enorme capacidade de liderança e ótimo domínio da governança.
Tem-se como ideário um comandante com amplos conhecimentos de política; não alguém celebrizado por qualquer motivo, válido ou não. Todavia, diicilmente o ser humano ideal será escolhido e atingirá esse nível centralizador de comando. Infelizmente, poucos têm o dom dos estadistas.
O habilitado não desejará sofrer as pressões inerentes ao cargo e fazer necessárias concessões, padecimentos morais com os quais não concorda.
Fica à margem, na iniciativa privada; quase sempre sustentará os ocupantes do cargo sem os censurar quando merecem aplausos e assim não perde os eventuais privilégios do sistema.
Historicamente, seres simples, notabilizados por algum feito humano, realçados num momento chegam ao topo do governo. Alhures, sustenta-se ser isso conirmação do axioma democrático; uma mera falácia. Não será. A democracia não deseja qualquer um no poder; somente um comandante que saiba singrar os mares com o timão do navio bem dominado.
Os americanos airmam que qualquer um do povo pode chegar à Presidência da República. Isso, à evidência, não é veraz e preocupa uma república politizada acalentar isso. Se conseguir vencer as enormes barreiras impostas à subida política, esse qualquer um não mais será qualquer.
Primeiro, a governança é um ato puramente técnico e, muitas vezes, político; depois, reclama um procedimento jurídico.
Dirigir um país é operação muito complexa e exige qualiicações insuperáveis do proissional da gestão, que um despreparado não desfrutaria. Não é para alguém sem experiência de comando, uma capacidade de delegação e entrosamento político.
Certo foi Albert Einstein, o maior cientista da história que, em 1948, recusou o convite para dirigir Israel. Um homem maravilhoso, mas não mandava na mulher dele...
Um homem simples elevado ao poder sente-se sacramentado pelo voto ou outra escolha, ele se julga um Messias...
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