Cláudio Perani

AutorDom Sergio Eduardo Castriani
CargoArcebispo Metropolitano de Manaus
Páginas363-364
Cadernos do CEAS, Salvador/Recife, n. 244 - Especial Claudio Perani, p. 363-364, 2018 | ISSN 2447-861X |
doi>: 10.25247/2447-861X.2018.n244.p363-364
CLÁUDIO PERANI*
Há dez anos, passava por Manaus, quando soube da morte, aos setenta e seis anos,
do Pe. Cláudio Perani, jesuíta que eu conhecia das Assembleias do Regional Norte I da
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Desde a primeira vez que o vi, fiquei
impressionado. Homem culto, sóbrio, radical em suas colocações, comprometido com os
pobres e com os movimentos de libertação, sonhador e cheio de esperança, tinha um olhar
que tr ansmitia paz e ternura. Aos poucos, fui conhecendo sua biografia e suas convicções
teológicas. Quando veio para Manaus, para ser o primeiro superior do grupo de jesuítas que
aqui se instalara, já tinha um histórico de compromisso com os pobres que o tinha levado a
ser perseguido pela ditadura militar.
A notícia de seu falecimento me pegou de surpresa. Tive a sensação de que alguns
projetos e sonhos dele entrariam numa nova fase ou não resistiriam. Ao menos três me
vieram a mente: o SARES, a CPT e a equipe itinerante. Participei da missa de corpo presente
e depois acompanhei o cortejo até o cemitério. Até hoje me lembro da simplicidade da
liturgia eucarística e dos ritos finais junto à sepultura. Nunca antes eu participara de um ritual
em que as palavras previstas correspondiam tanto à vida e ao mistério que estávamos
celebrando.
* Publicado originalmente em O Jornal em Tempo, em 12 de agosto de 2018. Fonte:
https://arquidiocesedemanaus.org.br/2018/08/13/claudio-perani/. Manaus, 13 de agosto de 2018.

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