Uso do conhecimento como vantagem competitiva: o caso da rede aproccima

AutorJose Edson Azevedo da Silva - Daniela Gasperin - Paula Patrícia Ganzer - Cassiane Chais - Juliana Matte - Pelayo Munhoz Olea
CargoMestre em Administração pela Universidade de Caxias do Sul - Doutora em Administração pela Universidade de Caxias do Sul - Doutora em Administração. Cursando Pós-Doutorado em Administração na Universidade de Caxias do Sul - Mestra em Administração. Doutoranda na Universidade de Caxias do Sul - Mestra em Administração. Doutoranda na Universidade...
Páginas87-106
Revista Global Manager
V. 18, N. 1, 2018
ISSN 1676-2819 - impresso | ISSN 2317-501X- on-line
http://ojs.fsg.br/index.php/global
USO DO CONHECIMENTO COMO VANTAGEM COMPETITIVA: O CASO DA
REDE APROCCIMA
Jose Edson Azevedo da Silvaa, Daniela Gasperinb, Paula Patrícia Ganzerc, Cassiane Chaisd,
Juliana Mattee, Pelayo Munhoz Oleaf
a Mestre em Administração pela Universidade de Caxias do Sul. edsonschuller@ yahoo.com.br
b Doutora em Administração pela Universidade de Caxias do Sul. danie1a @terra.com.br
c Doutora em Administração. Cursando Pós-Doutorado em Administração na Universidade de Caxias do Sul. g
anzer.paula@gmail.com
d Mestra em Administração. Doutoranda na Universidade de Caxias do Sul. cassiachais@gmail.co m
e Mestra em Administração. Doutoranda na Universidade de Caxias do Sul. ju.cxs1@g mail.com
f Doutor em Administração. Professor na Universidade de Caxias do Sul. pela yo.olea@gmail.com
Resumo
A inovação, em diversos setores da atividade econômica, surge como
resposta à melhoria de desempenho competitivo das organizações. A
pesquisa teve por objetivo analisar o uso do conhecimento como
vantagem co mpetitiva na rede APROCCIMA. Como metodologia a
pesquisa utilizou a abordagem q ualitativa, com objetivo descritivo e
como estratégia de pesquisa a pesquisa qualitativa genérica , como
procedimento técnico de análise dos dados, foi utilizada a análise de
conteúdo. Os dados foram coletados por meio de entrevistas
semiestruturadas com os 25 produtores da rede. Os resultados
mostraram que a inovação é vista como um curso de mudança, onde
os processos são significativamente melhorados, gerando vantagem
competitiva, na utilização do conhecimento.
Abstract
Innovation, in several sectors of economic activity, emerges as a
response to the improvement of the competitive performance of
organizations. The research aimed to analyze the use of knowledge
as a competitive advantage in the APROCCIMA network. As
methodology the research used the qualitative approach, with
exploratory objective and as a research technique the case study, as
technical procedure of data analysis, content analysis was used. Data
were collected through semi -structured interviews with the 25
producers of the network. The results showed that innovation is seen
as a course of change, where processes are significantly improved,
generating a competitive advantage in the use of knowledge.
Palavras-chave
Conhecimento. Inovação. Vantagem
Competitiva.
Keywords
Knowledge. Innovation. Competitive
Advantage.
Revista Global Manager v. 18, n. 1, p. 87-106, 2018
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1 INTRODUÇÃO
A inovação é vista como uma vantagem competitiva, através da utilização do
conhecimento, como um processo de agregar valor e como uma abertura/capacidade de
aprimorar. Pois supõe que as empresas podem e devem usar ideias externas da mesma forma
que usam ideias internas, e caminhos internos e externos para o mercado na busca por
aperfeiçoar sua tecnologia para a criação de novos produtos e serviços (CHESBROUGH,
2007).
O conhecimento como base da inovação, tornou-se a atividade mais importante e
indispensável de uma organização. Este efetivo valor do conhecimento, que está atrelado à
capacidade de lidar eficazmente com a informação e transformá-la em conhecimento, bem
como, sua utilização adequada permite o desenvolvimento de produtos e serviços cada vez
mais competitivos (SANTIAGO, 1999). Para Kim (1993), é importante ter presente que o
conhecimento organizacional é resultado não só das aprendizagens individuais, mas também
das dinâmicas estabelecidas entre os indivíduos nas organizações. “O conhecimento deve ser
construído por si mesmo, muitas vezes exigindo uma interação intensiva entre os membros da
organização” (NONAKA; TAKEUCHI, 1995, p. 10).
O conhecimento organizacional emerge quando os três processos de uso da
informação criação de significado, construção do conhecimento e tomada de decisões se
integram num ciclo contínuo de interpretação, aprendizado e ação. No primeiro processo, de
criação do significado, todas as pessoas da organização representam e negociam crenças e
interpretações para construir significados e propósitos comuns (CHOO, 2003). Para
Rodrigues, Dahlman e Salmi (2008) a inovação não se limita às atividades formais de
pesquisa e desenvolvimento (P&D), pois nem toda P&D resulta em invenções e nem toda
invenção deriva de P&D formal. Por outro lado, a invenção e a criação de conhecimento
podem ser produzidas pelos constantes esforços para aperfeiçoar a produção.
De acordo com Choo (2003), no segundo processo de uso da informação, a construção
do conhecimento ocorre quando a organização percebe lacunas em seu conhecimento ou
limitações de suas capacidades. A busca e a criação do conhecimento ocorrem dentro dos
parâmetros derivados de uma interpretação dos objetivos, agendas e prioridades da empresa.
E, finalmente, no terceiro processo, as regras e as preferências do processo são
utilizadas para comparar e avaliar os riscos e benefícios de inovações não testadas e
competências não exercidas. Os significados, os propósitos comuns e os novos conhecimentos
e competências convergem para a tomada de decisões (CHOO, 2003). O autor defende que o

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