Slutwalk, feminism, activism and media

AutorRui Vieira Cruz
CargoCentro Interdisciplinar em Ciências Sociais da Universidade do Minho
Páginas218-225
Periódico do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Gênero e Direito
Centro de Ciências Jurídicas - Universidade Federal da Paraíba
V. 6 - Nº 01 - Ano 2017 Mídia, Gênero & Direitos Humanos
ISSN | 2179-7137 | http://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/ged/index
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SLUTWALK, FEMINISM, ACTIVISM AND MEDIA
Resenha: Kaitlynn Mendes. 2015. London: Palgrave Macmillan, 232 pp.
Rui Vieira Cruz
Centro Inter disciplinar em Ciências Sociais da Universida de do Minho (CICS.Nova/UMinho). Centro de
Estudos em Comunicação e Sociedade da Universida de do Minho (CECS/UMinho). Email:
rmvcruz@gmail.com
“Women should avoid dressing
like sluts” - “As mulheres devem evitar
vestir-se como galdérias”. Foi esta frase,
proferida por um agente de segurança
canadiano durante uma intervenção na
Universidade de Toronto, que deu o mote
para a ampla discussão nas redes sociais
online sobre a perpetuação dos mitos da
violação. A tónica constante nas mulheres
que se vestem de forma considerada
provocante, consomem álcool ou
manifestam interesse por sexo resulta
regulamente na sua culpabilização pelos
crimes sexuais de que são vítimas. Este
imaginário, aliado à (falsa) imagética
social de que as violações ocorrem em
becos escuros e perpetrados por alguns
vândalos incapazes de controlar a sua
libido e luxúria, abriu espaço para a
discussão sobre a violência sexual e para a
1 O protesto ficou conhecido como Marcha das
Galdériasem Portugal e Marcha das Vadiasno
Brasil.
realização das marchas de protesto
SlutWalk1, unidas pelo slogan “Because
We’ve Had Enough”. De que forma é que
sair às ruas com a palavra slut escrita nos
corpos e/ou em cartazes alerta para a
cultura da violação? São estes os tópicos
que, na esteira dos estudos dos média e da
comunicação, Mendes analisa em oito
países2 ao longo do seu livro.
Estruturado em oito capítulos, o
livro aborda i) a introdução ao tema; ii) a
contextualização do movimento SlutWalk;
iii) a implementação da SlutWalk no
espaço geográfico e temporal; iv) o modo
como a SlutWalk desafiou a cultura da
violação; v) as controvérsias e objeções;
vi) as hierarquias e os papéis das
organizações participantes; vii) a ligação
das comunidades SlutWalk ao
2 África do Sul, Austrália, Canadá, Estados
Unidos, Índia, Nova Zelândia, Reino Unido e
Singapura.

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