Significado da prostituição

AutorWladimir Novaes Martinez
Ocupação do AutorAdvogado especialista em Direito Previdenciário
Páginas198-202

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"Todo mundo curte sexo e dinheiro, acha que a prostituição é um absurdo" (autor anônimo).

Prostituição seria troca livre e consciente de favores sexuais por dinheiro, empreendida por alguém designado como prostituto.

Exercitada comumente por mulheres, há um grande número de praticantes do sexo masculino, principalmente nas metrópoles e que têm clientes casados na condição militante de pederastas passivos.

Uma avaliação sobre o tema varia conforme a cultura, o tipo de sociedade, aspectos religiosos além de considerações sobre a moral que é acolhida no habitat estudado.

É reprovada graças aos princípios da moral que está vigente, possibilidade de contágio sexual e pelo impacto negativo que teria nas estruturas familiares.

Na Antiguidade, em civilizações bem antigas, a prostituição era praticada por algumas meninas em espécie de ritual de iniciação quando atingiam a puberdade.

Cultura egípcia

No Egito antigo, na região Mesopotâmica e na Grécia, a prática tinha ritualização sistemática e de certa forma religiosa.

Consideradas como sacerdotisas, portanto, mulheres sagradas, recebiam variadas honras de verdadeiras divindades e recebiam presentes em troca da cessão da prática do sexo com poderosos.

Grécia e Roma

Na época em que a Grécia e Roma detinham o domínio cultural, as prostitutas eram muito bem admiradas, porém tinham que recolher pesados impostos ao Estado antes de praticarem sua nobre proissão; deveriam também usar as vestimentas que as identiicassem; caso contrário, elas seriam severamente punidas.

Na Grécia essas héteras frequentavam as reuniões dos grandes intelectuais da época.

Eram ricas, belas, cultas e consideradas de extrema reinação; exerciam um grande poder político e eram bastante respeitadas.

Possivelmente graças ao esplendor de suas curvas estatuárias já naquele tempo despertavam a cobiça e a concuspicência dos homens casados e inluentes.

A bela Frineia

Minezarete (seu verdadeiro nome), por causa de sua tez amarelada, a Frineia, apelido dado pelos colegas de proissão, nasceu em Téspias, Beócia, em 328 a.C. na Grécia.

Frineia foi uma estupenda cortesã, bastante recatada, mas que se utilizou dos seus encantos físicos extraordinários para seduzir os homens e, com isso, amealhar fortuna e fama.

A sua igura de modelo perfeito inspirou belas estátuas, telas de grandes pintores, poemas magníicos, óperas, ilmes, muitas homenagens. Adquiriu tanta riqueza por sua incomensurável beleza

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física que se ofereceu para reconstruir os muros de Tebas, que haviam sido destruídos por Alexandre, o Grande, sob a condição de que as palavras "Destruído por Alexandre, restaurado por Frineia, a hetaira", fossem inscritas em cima deles, mas as autoridades rejeitaram a oferta.

Fisicamente escultural, gostava de se expor e por ocasião de um Festival de Posseidon, em Elêusis, ela colocou de lado as suas roupas, soltou os cabelos e nua penetrou no mar, à vista do povo, inspirando o pintor Apeles, em sua grande obra Afrodite Anadyomène, às vezes também retratada como Vênus Anadyomène e para a qual Frineia posou como modelo. Foi uma delícia e um grande escândalo.

Por causa de sua impressionante sensualidade, ela também inspirou depois a tela do brilhante Léon Gérôme, Friné devant Vareopage (a Frineia antes do Areópago, 1861), bem como outras obras de arte ao longo da história.

Eulias interessou-se por Frineia, mas as suas pretensões não foram acolhidas; então divulgou informações desairosas sobre a conduta da moça. Acusada de profanar os...

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