Separata Bonijuris. Um caderno de projetos especiais

Páginas3-3
SEPARATA BONIJURIS
UM CADERNO DE PROJETOS ESPECIAIS
Criada em 1989, a Revista Bonijuris sem-
pre primou pela renovação e pela ousa-
dia. No ano passado, quando se anuncia-
va o ocaso das publicações impressas, a
Bonijuris anunciou um novo projeto gráfico e
editorial, que rapidamente ganhou a adesão
de leitores, assinantes e operadores do direito.
O objetivo não era apenas dar continuida-
de ao empreendimento, mas inoculá-lo da am-
bição necessária para que a Bonijuris (editora
responsável por sua edição) fincasse as bases
para ser a maior do país na área jurídica.
De fato, a revista, como meio de comunica-
ção de massa, tal como o jornal e o livro, não
acabou: mudou de plataforma. Do papel para
as telas dos computadores, dos smartphones
e dos tablets. Suplanta-se o papel como meio
de impressão de informações, assim como su-
perou, no devido tempo, a tabuleta de argila,
o papiro e o pergaminho.
Na obra Não Contem com o Fim do Livro
(Editora Record, 2010), Umberto Eco afirma:
“Com a internet, voltamos à era alfabética. Se
um dia acreditamos ter entrado na civilização
das imagens, eis que o computador nos rein-
troduz na galáxia de Gutenberg, e doravante
todo mundo vê-se obrigado a ler. Para ler, é
preciso um suporte. Ou o livro permanecerá
o suporte da leitura, ou existirá alguma coi-
sa similar ao que o livro nunca deixou de ser,
mesmo antes da invenção da tipografia. As va-
riações em torno do objeto livro não modifica-
ram sua função, nem sua sintaxe, em mais de
quinhentos anos. O livro é como a colher. Você
não pode fazer uma colher melhor.”
Falar no fim do livro, da revista ou do jor-
nal é, portanto, um equívoco. O formato é o
mesmo, um retângulo de texto, tipos impres-
sos, páginas, alfabeto e a leitura, no caso do
Ocidente, em sentido vertical, de cima para
baixo, da esquerda para a direita, sem qual-
quer alteração. Contudo, a transformação é
impactante.
Ciente dessa grande e bem-vinda onda re-
novadora, a Revista Bonijuris decidiu não só
reformar o seu site e sua revista digital, mas
ampliar a oferta de comunicação, um caderno
especial, entregando nesta edição a primeira
Separata de muitas que virão nos próximos
meses e anos, com o objetivo de oferecer ao
leitor maior amplitude no campo jurídico. É o
caso dos pareceres, das teses e dissertações, do
conjunto da produção acadêmica de uma facul-
dade, de capítulos de livros jurídicos que estão
no prelo, dos artigos doutrinários de tema es-
pecífico, do compêndio teórico ou informativo
de órgão ou associação da magistratura e do
direito. A Separata Bonijuris nasce, assim, inde-
pendente, diferenciada e dirigida.
É uma forma de retribuir e engajar ainda
mais o anunciante, o patrocinador, o assinante
a um propósito, cujo resultado é cristalino: em
um ano e meio, desde o lançamento da nova
fase da Revista Bonijuris, consolidamos a edi-
ção nacional, segmentamos a distribuição às
principais capitais do país com selos regionais
e alcançamos a tiragem de 4.000 exemplares,
com viés de alta, um prodígio em um momen-
to de retração do mercado editorial.
A Separata é prova disso. Há quem diga, os
apocalípticos entre eles, que a Revista Boni-
juris navega contra as ondas ao manter em
circulação uma publicação impressa. Não há
nenhuma aventura nessa decisão. O suporte
em papel segue seu rumo, ainda que em mar
revolto, aliando-se às versões digitais da re-
vista e aos dispositivos tecnológicos que ora
se apresentam. E se é o caso de aventurar-se,
lembremos os argonautas e seu lema glorio-
so: “Navegar é preciso”.
Boa leitura!
EDITORIAL
3
REVISTA BONIJURIS I ANO 31 I EDIÇÃO 659 I AGO/SET 2019

Para continuar a ler

PEÇA SUA AVALIAÇÃO

VLEX uses login cookies to provide you with a better browsing experience. If you click on 'Accept' or continue browsing this site we consider that you accept our cookie policy. ACCEPT