Fabula, monumentum e a fundação de Roma no prefácio de Tito Lívio (6-9)
| Autor | Moisés Antiqueira |
| Cargo | Doutorando e mestre em História Social pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH/USP) |
| Páginas | 151-162 |
FABULA, FABULA,
FABULA, FABULA,
FABULA,
MONUMENTUM MONUMENTUM
MONUMENTUM MONUMENTUM
MONUMENTUM
E A FUNDAÇÃO DE ROMA NOE A FUNDAÇÃO DE ROMA NO
E A FUNDAÇÃO DE ROMA NOE A FUNDAÇÃO DE ROMA NO
E A FUNDAÇÃO DE ROMA NO
PREFÁCIO DE TITO LÍVIO (6-9)PREFÁCIO DE TITO LÍVIO (6-9)
PREFÁCIO DE TITO LÍVIO (6-9)PREFÁCIO DE TITO LÍVIO (6-9)
PREFÁCIO DE TITO LÍVIO (6-9)
Moisés Antiqueira1
Resumo: Tito Lívio, no prefácio aos Ab urbe condita libri que compôs, expri-
miu algumas considerações quanto à natureza dos fatos referentes à fundação
da cidade de Roma. O objetivo deste artigo é avaliar a maneira pela qual Tito
Lívio, ao trabalhar com os conceitos de fabula e monumentum, lidou com os
obstáculos pertinentes à composição de uma narrativa histórica sobre as origens
de Roma.
Palavras-chave: Prefácio de Tito Lívio; Historiografia romana; Fundação de
Roma.
Abstract: In the Preface to his Ab urbe condita libri Livy expressed some
thoughts about the nature of the facts in reference to the founding of the City of
Rome. The aim of this work is to assess how Livy dealt with the obstacles
concerning the elaboration of historical narratives on the origins of Rome, through
his handling of the concepts of fabula and monumentum.
Keywords: Livy’s Preface; Roman historiography; Foundation of Rome.
Qual seria o grau de precisão factual inerente às narrativas acerca da funda-
ção da cidade de Roma? À primeira vista, uma indagação de tal espécie poderia
nos soar eminentemente moderna. Não obstante, notemos o modo como Tito Lívio
se manifestou, no prefácio elaborado aos seus Ab urbe condita libri, em relação à
“facticidade” dos relatos que remontavam aos primeiros tempos da cidade:
Quais honras são contadas antes de a cidade ter sido fundada
ou no ato de sua fundação mais com fábulas poéticas [poeti-
cis fabulis] do que com documentos incorruptos [incorruptis
monumentis]23 dos fatos, essas coisas não pretendo confir-
mar nem refutar.4
1 Doutorando e mestre em História Social pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da
Universidade de São Paulo (FFLCH/USP), sob orientação da Profa. Dra. Maria Luiza Corassin.
Para continuar a ler
PEÇA SUA AVALIAÇÃO