Robótica: gerenciamento automático de armazéns

AutorMarcos Schmitz

    Artigo desenvolvido pelo autor-aluno a partir da aplicação real da temática proposta na empresa Tramontina S.A. Cutelaria. Marcos Schmitz é acadêmico do Curso de Administração, habilitação em Análise de Sistemas da Faculdade da Serra Gaúcha; Técnico em informática formado pela Tec Brasil.
1 Introdução

Com o mercado cada vez mais competitivo, a automação dos processos logísticos tornase um fator indispensável para a análise, a fim de manter a empresa competitiva no mercado através da produtividade, atendendo com eficiência e eficácia o elo primordial de abastecimento e distribuição de ferramentas e insumos. A tecnologia vem apresentando resultados cada vez mais satisfatórios e surpreendentes nas empresas que buscam a modernização constante de seus métodos e processos, principalmente quando nos referimos à robótica.

Este artigo trata exclusivamente do gerenciamento automatizado de armazém da empresa Tramontina S.A. Cutelaria - Linha Starflon, que buscava uma alternativa eficiente e eficaz para agilizar a distribuição de ferramentas e insumos a fim de obter uma alta produtividade e uma excelente organização de suas ferramentas e sua matériaprima, isto é, seus insumos.

Para a efetivação deste projeto, será necessária a elaboração de sistemas especializados para controlar os equipamentos que possibilitam uma maior agilidade nos processos de movimentação e armazenagem, como esteiras, sistemas automáticos de separação, LGVs e transelevadores.

A garantia do sucesso na implantação está diretamente ligada a pontos cruciais como: a utilização da curva ABC na armazenagem das matrizes e dos insumos; a determinação precisa das melhores rotas dos LGVs; a determinação milimétrica dos postos de carga e descarga de matrizes e insumos; o processo que envolve o gerenciamento e fluxo de transporte; as facilidades que nos oferece o rádio freqüência; um sistema de gerenciamento de armazém capaz de gerir e integrarse com os demais sistemas envolvidos no processo como o sistema de gerenciamento de pedidos e o sistema de solicitação de matrizes e insumos na linha de produção.

2 Desenvolvimento
2. 1 Ganhos mensuráveis com a automação de armazém

Sem dúvida, os possíveis ganhos com os processos de automação estão ligados diretamente com a realidade atual da central de distribuição em relação ao seu atual grau de automatização. Porém, de imediato, podese mensurar ganhos como: maior acuracidade dos estoques; redução dos níveis de estoque; melhor acompanhamento na produtividade das equipes do armazém; redução dos tempos de recebimento, armazenagem, separação e carregamento de pedidos; maior agilidade no atendimento ao cliente; diferencial competitivo no mercado; redução de avarias; melhorias no ambiente de trabalho, principalmente no que tange à segurança do trabalho e redução de custos diretamente ligados à gestão dos processos logísticos da empresa.

Não se pode deixar de apresentar também alguns impactos que surgem em um processo de automação de uma central de distribuição: investimento considerável em equipamentos; treinamento e sistemas especialistas de informação; em muitos casos, reestruturação dos departamentos ligados diretamente aos processos logísticos da empresa; investimentos em infraestrutura para suportar processos automatizados e riscos de investimento em soluções que não atendam a necessidades da empresa devido à falta de planejamento ou acompanhamento de pessoas especializadas.

Para isso devem ser tomadas precauções no que diz respeito à avaliação dos processos e sistemas. Contudo de nada adianta aplicar altas somas de investimentos para automatizar uma central de distribuição, se não considerarmos as reais necessidades da empresa, sobre quais processos deverão ser reavaliados e qual a forma da automação que melhor atenda as necessidades da empresa. Sendo assim, é de fundamental importância que procedimentos a serem automatizados sejam analisados e planejados, pois no caso de aplicarmos de forma errada a automação dos processos logísticos, incorreremos apenas na utilização de tecnologia para automatizar processos que necessitam ser revistos, impossibilitando, com isso, de tornar a empresa mais competitiva no mercado.

2. 2 Equipamentos e sistemas

Após serem reavaliados os processos logísticos da empresa, e ser apontado o tipo de automação que melhor atenda as necessidades da mesma, é possível elaborar estratégias que possam ser utilizadas como bases para suportar as necessidades de automação. Sendo assim, elaborase o escopo dos passos a serem seguidos, montando desta forma uma estratégia a ser seguida de acordo com o que foi definido como a melhor forma estratégica de automação.

Alguns tópicos que devem compor a estratégia a ser adotada: tipos de equipamentos necessários (coletores, computadores, estruturas de armazenagem, impressoras, etc.); sistemas especializados de informação (WMS, TMS, OMS, etc.) e passos para implementar a automação.

Uma central de distribuição para manter seus processos automatização necessita essencialmente de um sistema capaz de gerir todos os processos logísticos (WMS), integrado com os sistemas utilizados na gestão do negócio, de forma a agilizar o acompanhamento e o gerenciamento do fluxo de informações geradas na central de distribuição, sendo flexível a tal ponto que possibilite viabilizar a total automação dos processos ou apenas parte deles, possibilitando assim, automatizar os processos logísticos de forma gradativa, como, por exemplo, após implantação de um WMS, Sistema de Gerenciamento de Armazém. Este sistema possibilitará a implementação de coletores de dados para a automação dos processos que envolvam a equipe de trabalho, agilizando assim o fluxo de informações através de rádio freqüência ao WMS.

Atualmente a automação dos processos logísticos em uma central de distribuição possibilita tanto ao gestor da empresa como às áreas envolvidas acompanharem todo o processo do ciclo do pedido, citando como exemplo empresas que prestam serviços de envios de encomendas. As empresas de entregas de encomendas, que são apontadas como as melhores, utilizam recursos tecnológicos que disponibilizam ao contratante dos serviços de distribuição destas empresas acompanhar desde o momento que disponibilizou o produto para ser entregue até o momento exato da entrega ao destinatário final, acompanhando inclusive os processos que sucederam a entrega do produto.

Este tipo de acompanhamento é possível de ser aplicado a qualquer empresa atuante na área de logística, desde que possa integrar todos os processos de modo a gerar um fluxo de informações ágil, seguro, eficaz e eficiente.

[ VEA LA IMAGEN EN EL ARCHIVO ADJUNTO ]

Fonte: Cassioli, 2005.

Figura 1 - Transelevador.

2. 3 Gestão de depósitos e centros de distribuição através dos softwares WMS

Considera Lévy (2004) que, até meados da década de 1970, os sistemas informatizados de controle de estoque somente possuíam a habilidade de controlar as transações de entrada e saída em estoque e a respectiva baixa de tais movimentações contra os pedidos de fornecedores e clientes. Eram softwares desenvolvidos para substituir os sistemas manuais de fichas de controle de estoque, entre os quais o famoso kardex.

Surgiram então os sistemas de controle de endereçamento, que passaram a agregar a preocupação com a localização do material em um "endereço" do depósito. Esta evolução propiciou o uso mais intensivo do conceito de armazenagem dinâmica ou aleatória, onde as mercadorias deixaram de ter locais fixos...

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