Prólogo

AutorFrancisco De Sales Gaudêncio/Hernani Maia Costa
Páginas23-27
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PRÓLOGO
Passa um pouco das 20h30, de uma noite de quinta-feira. Em uma sala do
pavilhão da pós-graduação da PUC/SP, um grupo de alunos aguarda ansio-
samente a chegada do professor. Ele é Paulo de Barros Carvalho, ou PBC,
uma referência carinhosa daqueles que o admiram e que sabem que ele vem
de outro compromisso acadêmico na Universidade de São Paulo, que talvez
esteja até cansado, mas que com certeza não faltará. São doutorandos de
idade variada, alguns ainda jovens e outros mais velhos que depois de um
dia de trabalho ou de estudos ali estão em busca de conhecimento. Muitos
que vêm de fora não escondem o cansaço da viagem. Eis que num dado mo-
mento chega o Mestre. Com sua habitual elegância cumprimenta a todos que
o esperam com um boa noite. Placidamente, senta-se e por um momento f‌ita
a sala, dando início à aula como se fosse a primeira atividade do dia, numa
hora da noite em que muitos preferem o descanso depois de uma longa jorna-
da de trabalho. De súbito, a sala se ilumina com o brilho dos olhos do velho
Mestre, jovem no falar e seguro em suas explanações, presenteando a todos
com as lições do Direito, e mais do que isso, com suas lições de vida.
À exceção das noites de sexta-feira, as aulas do período no-
turno nas faculdades de Direito das duas maiores universidades
do país são parte da rotina de Mestre Paulo há décadas. Perto de
completar 78 anos, quando há muito poderia estar afastado da
docência, sua carga horária semanal não é nada pequena, pois
além das aulas da noite, há também as aulas do turno da manhã,
cuja oferta das disciplinas por ele ministradas varia de semestre

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