Prefácio à entrevista do ministro Marco Aurélio Mello

AutorPedro Jimenez Cantisano/Thomaz Henrique Pereira/Michael Freitas Mohallem
Páginas9-15
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MARCO AURÉLIO MELLO
Esta pesquisa pretende trazer às comemorações dos
25 anos da Constituição Federal um novo discurso científico
sobre a Suprema Corte brasileira: sua história oral. Numa
empreitada da FGV Direito Rio, em conjunto com a Direito GV
e o CPDOC, pretende-se reconstruir e reinterpretar a história
recente do STF a partir de entrevistas com os magistrados que
a compuseram nestes últimos 25 anos, com recurso ao método-
fonte-técnica da História Oral. A perspectiva dos atores que
compuseram a corte e a maneira como eles reinterpretam
fatos à luz de experiências vividas permitirão a construção de
uma narrativa sobre os aspectos sociais e políticos da história
recente do Supremo. Contando-nos a história da sua relação
com a instituição, nos contarão a história da instituição.
Sete etapas foram previstas para a realização da
pesquisa: (1) um breve programa de capacitação metodológica a
ser ministrado pelos pesquisadores aos assistentes de pesquisa
e bolsistas de iniciação científica, (2) a coleta de dados sobre o
STF no período em questão, (3) a coleta de dados específica sobre
cada um dos ministros a serem entrevistados, (4) a consolidação
dos dados coletados e a elaboração dos roteiros de entrevista, (5)
a realização das entrevistas com os ministros, (6) o tratamento e
a análise dos dados coletados, e, finalmente, (7) a elaboração dos
produtos finais da pesquisa, entre os quais se destaca a presente
entrevista com o ministro Marco Aurélio Mello.
O que efetivamente esta pesquisa visa produzir é uma
história oral temática, não uma história oral tradicional, no
seu sentido mais amplo. O que se pretende é a construção de
uma biografia institucional do STF com o marco temporal da
vigência da Constituição Federal de 1988, sendo certo que esta
se consubstancia numa espécie de biografia coletiva daqueles
que o integram e o integraram nesse período. O interesse é
estabelecer conexões entre a trajetória dos seus ministros e ex-
ministros – e não sua biografia ou sua história de vida – e a corte.
Note-se a existência de uma dupla perspectiva: individual e

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