Prefácio
| Autor | Marcelo Andrade Campos Silva |
| Páginas | 13-15 |
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O jovem e brilhante juiz de direito, Doutor Marcelo Andrade Campos Silva, sempre se destacou, desde os bancos acadêmicos, pela invulgar inteligência, seriedade e aplicação aos estudos. Formado no mesmo Curso de Direito da Universidade Estadual de Maringá, onde também colaram grau seus pais e o autor destas linhas, revelou o Doutor Marcelo indisfarçada vocação para a carreira da Magistratura. Após vencer árduo concurso público, passou a exercer a judicatura, com o mesmo brilho, dedicação e proficiência, no belo Estado do Mato Grosso do Sul – minha terra natal.
Vocacionado também para o magistério, a meticulosa preparação de suas aulas, na modelar Escola da Magistratura do Estado vizinho, proporcionou o surgimento desta obra.
O “Técnica de Sentença Cível” contém utilíssimas noções de processo civil, orientações práticas para a elaboração de sentenças e exemplos os mais diversos, hauridos na labuta cotidiana do juiz trabalhador e estudioso.
O tema reveste-se de importância capital. Julgar é nosso dever de ofício. O ato de sentenciar é momento culminante da atividade judicante – e torna a Magistratura única, sem similitude com nenhuma outra carreira ligada ao Direito. Somos compelidos a estudar, refletir, ponderar e resolver as controvérsias. A decisão é impostergável.
Durante longos anos, na EMAP – Escola da Magistratura do Paraná – Coordenadoria de Maringá, também ministramos a disciplina “Técnica Estrutural da Sentença”. Por isso, quando encontramos juiz da estirpe do Doutor Marcelo, desses que não se furtam a proferir decisões tempestivas e refletidas, vêm-nos à mente antigas ensinanças, que rogamos vênia para reproduzir, a breve trecho.
Anota Manoel Antônio Teixeira Filho, com propriedade, que a sentença requer do juiz equilíbrio, segurança, serenidade, independência e reflexão. Há grande expectativa quanto à decisão. Partes, procuradores (e, nas pequenas comarcas, em certos casos, o pessoal do fórum e a comunidade), todos ficam à espera do ato final do processo. Bendito é o juiz que sente a responsabilidade dessa ocasião – e deixa-se dominar por esse sentimento, impregnado de profunda responsabilidade. A sentença mecânica, glacial – que relega a plano secun-
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dário o drama oculto nas folhas dos autos e ignora, conscientemente ou não, as profundas repercussões que provocará – revela apenas que o juiz não sente mais nada. Sentir, aqui, é a demonstração de que o juiz entendeu claramente os fatos, compreendeu as angústias...
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