Mulheres e crime: perspetivas sobre intervenção, violência e reclusão

AutorCarla Cerqueira - Vera Duarte
CargoInstituto Universitário da Maia (ISMAI) - Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS)
Páginas1-6
Periódico do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Gênero e Direito
Centro de Ciências Jurídicas - Universidade Federal da Paraíba
Nº 01 - Ano 2015
ISSN | 2179-7137 | http://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/ged/index
1
DOI: 10.18351/2179-7137/ged.2015n1p1-6
Seção: Resenhas
MULHERES E CRIME: PERSPETIVAS SOBRE INTERVENÇÃO,
VIOLÊNCIA E RECLUSÃO.
1
Vera Duarte
2
Carla Cerqueira
3
Mulheres e Crime: perspetivas sobre
intervenção, violência e reclusão é uma
obra coletiva organizada pelas
investigadoras portuguesas Sílvia Gomes e
Rafaela Granja. O diálogo interno entre os
sete textos que compõem este livro é
marcado pela inter e multidisciplinaridade,
as quais estão bem patentes nas
abordagens teóricas escolhidas, na análise
de objetos empíricos e nos contextos
geográficos diferenciados,
particularmente Portugal e Brasil.
Contudo, é de ressaltar que estes artigos
apresentam uma lente comum, a lente de
género, sensível às vivências,
experiências, necessidades,
representações e narrativas de mulheres
ofensoras. Não é somente um livro sobre
mulheres e crime, pois traduz um olhar
1
Sílvia Gomes e Rafaela Granja (orgs.), MULHERES E CRIME: PERSPETIVAS SOBRE
INTERVENÇÃO, VIOLÊNCIA E RECLUSÃO, V.N. Famalicão, Húmus, 201 5, 141 páginas.
2
Instituto Universitário da Maia (ISMAI) e Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais, pólo UMinho
(CICS.NOVA), Portugal.
3
Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS) e Universidade Lusófona do Porto (ULP),
Portugal.
crítico e reflexivo, com caráter científico e
interventivo, que reflete bem a ideia de
ciência socialmente comprometida com a
mudança social (Neves e Nogueira, 2004).
Neste contexto, um dos maiores
méritos desta obra é o de conferir
visibilidade, através dessa leitura crítica, à
“heterogeneidade de experiências
femininas, ao mesmo tempo que analisa as
convergências e divergências que as
pautam” (p. 10). Ao dar espaço aos
contextos em que as mulheres surgem
como agressoras, este livro dá visibilidade
também às dinâmicas sociais em que
muitas delas continuam a ser vítimas.
Neste sentido, esta obra contribui para
uma superação conciliadora da dicotomia
vitimação vs. agencialidade, mulher objeto
vs. mulher sujeito, ao mostrar que os seus

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