A moral transcendental de Kant

AutorSergio Manuel Fialho Lourinho
CargoMestrando em Direito do Estado pela Universidade Federal do Paraná
Páginas175-182
A MORAL TRANSCENDENTAL DE KANT
THE MORAL KANT'S TRANSCENDENTAL
Sergio Manuel Fialho Lourinho
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Sumário: Introdução, um novo paradigma. 1 A vida de Kant. 2
Surgimento da questão: “Como devo agir?” 3 Moral e direito. Conclusão.
Referências.
Resumo: Do anterior paradigma do Ser, ontológico, onde o dever
ser provém da estrutura dos fatos, entramos agora num paradigma mentalista,
da consciência, no qual o dever ser provém da racionalidade do sujeito. Não
obstante o marco teórico residir em Descartes, e, tratando da teoria do
conhecimento isso é um dado adquirido, no que concerne à Moral, é Immanuel
Kant q ue estabelece essa ruptura. O presente artigo numa vertente
eminentemente acadêmico-expositiva tem como escopo, uma abordagem
didática do assunto que guiou o filósofo de Königsberg desde a
Fundamentação da Metafísica dos Costumes até à Metafísica dos Costumes
passando pela Crítica da Razão Prática.
Palavras-chave: Filosofia. Kant. Moral. Direito.
Abstract: The previous paradigm of being, ontological, where the
structure should be derived from the facts, we now enter into a mentalist
paradigm, consciousness. Descartes was the mark of rationalism, but Kant who
plays this role when we speak of moral theory. This article i n an academic-
strand eminently exhibition aims, a didactic approach of the subject by the
philosopher of Königsberg from their books: Groundwork of the Metaphysic of
Morals, Critique of Practical Reason and Metaphysics of Morals.
Keywords: Philosophy. Kant. Moral. Law.
Introdução, um novo paradigma
Thomas Kuhn
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, em 1962, na obra: “A estrutura das revoluções científicas”,
afirmava quatro paradigmas: o geocentrismo ptolo maico, o heliocentrismo
copernicano, o newtoniano e o einsteiniano. Podemos no entanto avançar com uma
outra “concepção paradigmática” na qual categorizamos em três, eventualmente
quatro definições que se iniciariam num paradigma do ser que teria a sua o rigem na
antiguidade, atraves sando a idade média; um paradigma da consciência a partir do
século XVI e do “cogito ergo sum” até 1960; um paradigma da linguagem d esde
essa data até aos dias de hoje, onde a ling uística pas sa de instrumento para
1
Mestrando em Direito do Estado pela Universidade Federal do Paraná; Especialista em Direito
Ambiental pela Universidade de Lisboa. Bacharel em Direito na área de Ciências Histórico-Jurídicas pela
Universidade de Lisboa. Pesquisador da CAPES.
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Segundo o autor, a ciência desenvolve-se segundo fases as quais ele delimita: 1. Estabelecimento de um
paradigma; 2. Ciência normal; 3. Crise; 4. Revolução científica; 5. Estabelecimento de um novo
paradigma. A verdade está relacionada com o paradigma pressuposto, o que não significa que o anterior
esteja errado.

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