Metáforas e pensamentos de Nélson Hungria
Autor | René Ariel Dotti |
Cargo | Advogado e Professor Titular de Direito Penal |
Páginas | 59-61 |
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Revista Judiciária do Paraná – Ano XI – n. 11 – Maio 2016
Metáforas e pensamentos de Nélson Hungria*
René Ariel Dotti1
Advogado e Professor Titular de Direito Penal
E D. C H, lho do imor-
tal penalista e aos jovens e talentosos criminalistas que ainda não ha-
viam conhecido os antológicos Comentários ao Código Penal.
A teoria e a prática do direito criminal em nosso país não conhe-
ceram expressão mais fulgurante de mestre e humanista. Nos mais di-
versos e longínquos mundos da realidade e da imaginação dos casos
criminais, ele foi – e continua sendo pela obra imortal – o personagem,
o ator e o espectador da divina comédia da existência. Infernos, purga-
tórios e paraísos, todos os cenários dantescos da vida cotidiana foram
esculpidos e interpretados em suas lições.
A imensa obra de Nélson Hungria é um dos modelos ambulantes da
vida, da paixão, da morte e da ressurreição da palavra como sagração e
canto da condição humana.
Os seus antológicos Comentários ao Código Penal constituem a re-
encenação da aventura da existência, assim como o zeram as sagradas
escrituras. Com uma diferença, porém: os profetas que falam através
das páginas de sua imensa obra não são os místicos que utuam sobre
a realidade. São as criaturas de carne e osso que escrevem, dirigem, in-
terpretam e montam a representação da vida.
Seguem alguns extratos de metáforas e pensamentos que ilustram
a exegese do art. 1º do Código Penal, cuja redação original foi mantida
pela reforma da Parte Geral pela Lei 7.209/84. Os fragmentos vêm dos
Comentários ao Código Penal, 4. ed., Rio de Janeiro: Forense, v. I tomo
I, p. 13 e s.:
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