Justiça e injustiça: conhecer e lembrar

AutorMônica Sette Lopes
Páginas13-16
Justiça e injustiça:
conhecer e lembrar
Há um modo de se aprender a justiça? Como se en-
sina a justiça no risco agudo que implica e lembra sempre o
transe para o antônimo na injustiça?
Aristóteles enfatizava que a justiça não se ensina.
Virtude ética por excelência, ela está incorporada na cultura e
no costume e a experiência de cada dia reforça a sua existência
que não se esgota na potência, mas na ação.
O dia em que aprendi sobre a justiça tem marca no
relógio. Foi maio. Céus azuis. Numa rua movimentada, que é
lugar simbólico para apreender o que não se aprende. De vi-
ver na voz do relato e do movimento do corpo a experiência
que é exemplo. Na rua, trombei com a professora Elza Maria
Miranda Afonso numa manhã de sol ameno. Outono. E ela, já
aposentada, me contou que estava se dedicando a alfabetização
de adultos. No meio da conversa, veio a história da aluna que
havia sido dispensada sem justa causa e não conseguia aceitar
o sem justa causa. Queria saber a causa. A Profa. Elza apre-
sentou à mulher que se alfabetizava a história de Sócrates. E
losoa estudada na letra e no esquema ganhou vida e ganhou

Para continuar a ler

PEÇA SUA AVALIAÇÃO

VLEX uses login cookies to provide you with a better browsing experience. If you click on 'Accept' or continue browsing this site we consider that you accept our cookie policy. ACCEPT