Justiça em Aristóteles

AutorHélio Daniel De Favare Baptista
Páginas25-36
Capítulo 01
justiça eM aristóteles
1. Aspectos Gerais
A justiça sempre foi aspiração comum nas sociedades hu-
manas. Discute-se a justiça desde os mais incultos até os mais
renomados filósofos.
A justiça, para os gregos, é virtude derivada da ética. A
justiça é uma disposição do caráter humano, sendo a virtude
(instrumento) que contém todas as outras. A vida em sociedade
deve ser pautada no respeito à lei e à equidade. Deste modo,
a conduta justa pressupõe uma ação ética. E ética é o que falta
nas sociedades hodiernas.
A busca de ações justas despertou os mais variados ques-
tionamentos, indagações e discussões durante a evolução
social. A história mostra que, na medida em que as minorias
dominantes passaram a administrar as nações segundo seus
interesses individuais ou oligárquicos, movidos pelos ideais li-
berais, a virtude da justiça foi ofuscada e deveras mitigada por
desmedidas que culminaram em excessos de um lado minoritá-
rio e em escassez para a maioria absoluta do povo.
Dentre os filósofos que trataram da Justiça está Aristóteles.
2. Campos do Saber
Para esse filósofo grego, existem três campos do saber: o
saber teorético, o saber produtivo e o saber prático.
O saber teorético é a arte da contemplação, não cria seus
objetos, analisa fenômenos universais e é imutável (por ex.: o

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