Introdução
Autor | Luiz Philippe Westin Cabral de Vasconcellos |
Ocupação do Autor | Médico formado pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP) em 1970, com residência médica ortopedia e traumatologia, onde também fez o mestrado e o doutorado, tendo feito especialização em Fisiatria, Medicina do Trabalho e Medicina Esportiva e mais recentemente titulado em Medicina Legal e Perícia Médica |
Páginas | 7-14 |
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1. INTRODUÇÃO
1. INTRODUÇÃO
Sei do risco de escrever uma introdução geralmente pouco lida por aqueles
que afoitamente procuram soluções para suas dúvidas, sem tempo para alegadas
poesias periciais.
Quando nos propusemos a escrever sobre temas de interesse pericial, pensa-
mos, como ortopedista e perito, começar pela coluna vertebral, pois esse assunto
vem assombrando a prática clínica e as perícias médicas há muito tempo, com
grande intensidade, frequência e controvérsias.
De forma indireta, porém, acertamos em deixar para o terceiro volume esse
embate prático científi co, colhendo dos colegas as contribuições, comentários e
críticas sobre os outros temas já discutidos (mão, punho, cotovelo, ombro) e as-
sim amadurecendo a forma de enfrentar esses desafi os em tempos de mudanças
de conceitos teóricos, práticos e legais das perícias e de rápidos avanços técnicos,
além da importante ânsia de aprendizado de novos colegas peritos.
Alguns fi zeram críticas a um possível, e não provável, viés de assistente téc-
nico nos meus escritos. Têm o direito de fazê-las, assim como também tenho o
direito, o dever e a oportunidade de apontar os infelizes desvios de conduta, de
falhas científi cas, de pouco preparo, de ideologias, de falta de cuidados investigati-
vos periciais, que, andando a par dos mesmos problemas da medicina assistencial,
fazem o demérito da profi ssão pericial médica.
Lembro aos leitores que um livro, mesmo que técnico, não é um artigo cien-
tífi co que deve ser escrito na forma tradicional, cheio de tabelas, metas e métodos
estritos, resultados estatisticamente certos e conclusões conclusivas. Um livro
científi co, mesmo não sendo uma obra de fi cção, deve expressar a experiência,
a curiosidade do autor frente à própria ignorância, na vontade de comunicar aos
outros suas honestas preferências e talvez ideologias do livre pensar e escrever.
Quem não concordar com essa situação tem algumas opções: em primeiro lu-
gar, não comprar (e/ou não ler) o livro; em segundo lugar me escrever, fazendo as
críticas que quiser; em terceiro lugar, escrever o seu próprio livro sobre o assunto
e tentar não seguir meus erros e nem meus acertos.
Mas este não é o palco para lamúrias, mas sim de tentar trazer aos colegas
iniciantes as informações e sugestões para lhes facilitar a vida pericial e estimulá-
-los à dedicação profi ssional.
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