Introdução

AutorWilson Gianulo
Ocupação do AutorGraduado em Direito pela Faculdade de Direito Padre Anchieta, na Cidade de Jundiaí/SP; Advogado militante
Páginas11-12

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O mundo nos últimos lustros mostra-se amplamente diferente do que havia há cinquenta anos.

As famílias, principalmente consideradas com a união de homem e mulher com a finalidade de procriação e criação dos filhos, sofreram salutar ampliação de seu âmbito de incidência. O que se considerava apenas teoricamente (família unipessoal) já se mostra perfeitamente viável, conquanto em conjuntura amplíssima e até certo ponto distanciada da finalidade elementar da Família, como união calcada na afetivi-dade, sem prejuízo da consanguinidade, mas que naquela qualidade ou característica se mostra peculiaridade essencial de seu conceito.

Alguém disse em certa circunstância "....quem é minha mãe e quem são meus irmãos?1, numa clara alusão ao sentimento familiar, que há de ser amplo e voltado para a igualdade de todos os seres humanos, e, na medida da afetividade, um dia será a regra de conduta humana.

Os vínculos sanguíneos mostram-se ainda, nos dias que correm, uma forma de vinculação familiar, porque o processo biológico envolve uma série de convergências instintivas de proteção e preferência em relação aos demais seres. Tais laços existem e se mantêm há milênios sem conta. Todavia, a Humanidade avança na compreensão de que, se todos nos tratarmos como familiares, voltados para um desiderato comum de evolução e igualdade, toda sorte de desavenças, disputas e

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demais desalinhos sociais tendem a desaparecer ou, pelo menos, tornarem-se minimizados pela racionalidade e afeição recíproca.

O momento em que vive a Humanidade não parece comungar com semelhante modo de pensar, porém, constitui-se, tal instante, nos transes naturais evolucionais de seres que gradativamente se...

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