Interveniência estatal

AutorWladimir Novaes Martinez
Ocupação do AutorAdvogado especialista em Direito Previdenciário
Páginas152-154

Page 152

José Ortega y Gasset disse: "Eis ao que leva o intervencionismo do Estado: o povo converte-se em carne e massa que alimenta o simples artefato da máquina que é o Estado".

O Estado tem medo do povo; não do poder da população, isso nunca existe, mas dos cidadãos unidos ombro a ombro. Receia que os sonolentos acordem e se voltem contra o gestor. Quando isso acontece não há forças militares que o protejam.

A história mostra isso.

Uma algazarra maravilhosa de se ver é o verdadeiro povo em enorme erupção revoltosa, mesmo que muitas vezes isso não leve a nada.

Motivação ilusória

Para tentar impedir tamanha hecatombe ele carece monitorar os indivíduos e, então, operará destemidamente e com precisão cirúrgica.

Em certo passado bem recente, as polícias políticas foram organizadíssimas e eicientíssimas em seu espúrio papel de deter, escravizar homens e mulheres.

Claro, os instrumentos de vigilância foram soisticados ao longo do tempo e em virtude do avanço dos direitos humanos; são sutis e poucos observadores se dão conta disso.

É curioso constatar como o Estado controla as pessoas a distância; às vezes, agindo somente para que elas saibam que tais coisas têm de ser assim.

Não bisbilhota as religiões; estas, por sua vez, patrulham os iéis, supervisionam os adeptos em nome da disciplina religiosa ou porque Deus quer.

Nesse processo de bedel escolar se indispõe com ininidade de outras instituições humanas, convindo repassar algumas delas.

Obsta o mais que pode o aborto, não deseja união homoafetiva, é contra o casamento gay, vê com maus olhos qualquer transexualidade e se mantém a distância da união poligâmica.

Proíbe as células-tronco e não aceita nunca a eutanásia.

Prende quem usar o lança-perfume e fecha os olhos para o uso de mil drogas bastante piores. Combate o mensageiro que traz o entorpecente e deixa livre o produtor e o que pode consumi-lo, aí, alegando legítima defesa.

Não quer o jogo de azar, mas empreende as loterias inindáveis. O jogo de números é exemplo gritante da hipocrisia militante do Estado.

Considera um crime o lenocínio e incentiva descaradamente a prostituição. Enquanto jovens icarem vendo mulheres nuas não se manifestarão contra as ações do governo.

Subjetivamente, deine uma família padrão, que considera a base da...

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