Homenagem ao Professor Doutor Cássio de Mesquita Barros Júnior

AutorAna Paula Paiva de Mesquita Barros
Páginas19-25

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Primeiramente gostaria de expressar a minha alegria em participar de um livro em homenagem a meu pai. Sem dúvida alguma uma honra, escrever sobre sua pessoa, e uma emoção por ver seu nome e este legado se difundindo pelos meios acadêmicos, nacional e internacionalmente, como sempre foi seu desejo. Agradeço as pessoas da querida amiga Martha Monsalve Cuéllar pela iniciativa desta homenagem e a Luciana Aboim Machado Gonçalves da Silva pela dedicação e empenho para que este trabalho fosse publicado.

Agradeço, a todos os colaboradores e amigos que ajudaram na realização deste livro e, agradeço em nome do homenageado à LTr editora, na pessoa do amigo Armando Casimiro Costa por ajudar a editar estes trabalhos tão valiosos.

A mim coube uma tarefa, por um lado difícil, mas prazerosa por outro. Difícil porque trata de falar de meu próprio Pai, e, por outra parte prazerosa porque mais do que ninguém acompanhei e acompanho sua trajetória de muito perto e sei o quão importante foram suas conquistas, como se deram várias de suas vitórias, e sua história como professor, como jurista, perito da OIT, Vice-Diretor da faculdade de Direito do largo São Francisco, Presidente de várias instituições, sua participação em diversas academias internacionais ligadas ao direito do trabalho. Uma história profissional e pessoal de sucesso, e um exemplo a ser seguido.

Vida e formação acadêmica do professor Cássio de Mesquita Barros

O Professor Cássio é filho de Cássio de Mesquita Barros e Judith Penteado Mesquita Barros, nasceu em São Paulo, e com 3 (três) meses a família mudou para a Cidade de Assis, interior de São Paulo, onde viveu até os 13 (treze) anos de idade, quando se mudou para São Paulo para frequentar o curso colegial, e continuar os estudos para prestar concurso para ingresso na faculdade.

Seu pai tinha um Cartório, na Cidade de Assis, o qual meu pai passava muitas horas do dia, observando os vários serviços, que lá eram feitos, serviços relativos à parte eleitoral, relativos aos registros de imóveis, e até serviços judiciais, incluindo assuntos de natureza civil. Meu pai sempre menciona que cresceu dentro do cartório de seu pai.

Meu pai conta que seu pai era uma pessoa muito dedicada e que o via fazendo despachos para o juiz; que se lembrava de que as escrituras naquela época eram feitas de próprio punho, em livros grandes, e que adorava acompanhar isso tudo, e que o fato de ter acompanhado estes serviços de cartório desde pequeno fizeram com que tivesse escolhido estudar Direito.

Lembro-me bem de meu pai contando que naquela época as provas para ingresso na faculdade eram em latim, e que teve que

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estudar muito para ser aprovado, mas que teria sido aprovado em 3º lugar, para cursar Direito na Universidade de São Paulo do Largo São Francisco, perdendo somente para um padre e um médico, que teriam desistido de cursar a faculdade.

Meu pai conta que na época da faculdade tinha o apelido de “Cassinho”, assim como muitos colegas o chamam até os dias de hoje, por ser o mais baixo em relação aos demais colegas, que foi representante dos alunos, que foi eleito para presidente de diretório acadêmico, que foi orador de sua turma de formandos, nos transmitindo sempre que fez muitos amigos nas Arcadas, suas lembranças são sempre muito gratificantes, demonstrando sempre saudades daquela época.

Meu avô Cássio, era o mais velho dos dez irmãos. Dois de seus irmãos fizeram faculdade de Direito. Um deles, Fábio Mesquita Barros, Fabinho, durante o curso universitário havia se interessado muito pela área trabalhista, e quando se formou pensou em oferecer assistência às empresas que não tinham orientação relacionada ao Direito do Trabalho, e assim, meu avô Cássio organizou um pequeno escritório, onde o tio Fábio fazia uma espécie de circular, contando as modificações trabalhistas que ocorriam à época, e consequentemente, oferecia pequena orientação quando necessário. Assim, o tio foi crescendo, uniu-se com o irmão Joaquim Brenha Mesquita Barros e tornaram-se consultores de grandes empresas em assuntos relacionados à área trabalhista, quando então fundaram em 1918, o escritório Mesquita Barros.

Na época de estágio universitário, meu pai iniciou seu aprendizado prático no escritório dos tios.

Como o escritório dos tios desde sua origem era voltado aos assuntos ligados ao Direito do Trabalho, meu pai, consequentemente, dire-cionou seus estudos para os assuntos ligados ao Direito do Trabalho, vindo a se especializar nesta área de atuação, e assumindo, posteriormente a direção do escritório.

Destaca-se também, que pouco tempo após meu pai assumir a direção do escritório, torna-se sócio de seu escritório o Dr. Octavio Bueno Magano, e fundam o escritório Mesquita Barros e Magano Advogados.

Nesta época com a avalanche de problemas trabalhistas que estavam surgindo, com a entrada em vigor do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço — FGTS , em 1966, o escritório cresceu muitíssimo e seus sócios, ambos professores do Largo São Francisco, tiveram uma projeção nacional e internacional acentuada.

Como meu pai desde pequeno sempre foi muito estudioso, e isso fez com que tivesse no decorrer de sua vida acadêmica, obtido vitória em todos os concursos de títulos que realizou como professor, obtendo por fim a titularidade de professor titular do Departamento de Direito do Trabalho da faculdade de direito do Largo São Francisco.

Foi também, professor na...

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