O Expansionismo Brasileiro e a Formação dos Estados na Bacia do Prata

AutorMarcos Antônio Fávaro Martins - Maria Cristina Cacciamali
CargoMestre, aluno do curso de doutorado do Programa Interunidades em Integração da América Latina da Universidade de São Paulo (PROLAM/USP) - Doutora, professora da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA/USP)
Páginas155-160
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DOI: 10.11606/issn1676-6288.prolam.2015.105630
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RESENHA
O EXPANSIONISMO BRASILEIRO E A FORMAÇÃO DOS ESTADOS NA
BACIA DO PRATA
Marcos Antônio Fávaro Martins(*)
Universidade de São Paulo, São Paulo (SP), Brasil
Maria Cristina Cacciamali(**)
Universidade de São Paulo, São Paulo (SP), Brasil
Um dos livros brasileiros mais importantes sobre o processo de formação dos Esta-
dos na Bacia do Rio da Prata foi aquele escrito por Moniz Bandeira cujo título é “O ex-
pansionismo brasileiro e a formação dos Estados na Bacia do Rio da Prata – Da colonização
à Guerra da Tríplice Aliança” (REVAN, 1998). O trabalho deriva da tese de doutorado
O Papel do Brasil na Bacia do Prata – da Colonização ao Império” defendida em 1982. O
trabalho foi republicado em 2012 com o título “A Expansão do Brasil e a Formação dos
Estados na Bacia do Prata”.
A tese que o livro defende é que a Guerra da Tríplice Aliança (1865-870) foi o
produto do processo violento de formação dos Estados nesta região e não um desdobra-
mento da política imperial Inglesa na América do Sul, como defendido pelos historia-
dores revisionistas da década de 1980. Outra ideia importante do livro é que a conduta
brasileira na política platina foi herdeira da política portuguesa da época colonial. O fato
da independência do Brasil ter se dado por um processo de negociação, fez do Brasil
continuador da tradição burocrática e política do Estado português, com impactos sig-
nificativos em sua política externa.
O livro começa apresentando a determinante geográfica da expansão de Portugal
além daqueles limites estabelecidos pelo Tratado de Tordesilhas: enquanto os espanhóis,
partindo do Oceano Pacífico, encontraram os Andes pródigos de metais preciosos, os
portugueses, partindo do oceano Atlântico não encontram ouro em suas terras e passa-
ram a cogitar a possibilidade de anexar Potosí, que era o núcleo da mineração espanhola.
(*) Mestre, aluno do curso de doutorado do Programa Interunidades em Integração da América Latina da Universidade
de São Paulo (PROLAM/USP). E-mail: .
(**) Doutora, professora da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA/USP); professora
do Programa Interunidades em Integração da América Latina da Universidade de São Paulo (PROLAM/USP). E-mail:
. Recebido: 23.02.2015; aceito em: 18.05.2015.

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