A espiritualidade como ferramenta de competitividade na gestão do século XXI

AutorSaul Marques Sastre
Páginas142-163
A ESPIRITUALIDADE COMO FERRAMENTA DE COMPETITIVIDADE NA GESTÃO DO SÉCULO XXI
Saul Marques Sastre
*Doutorando em Administração (UDE - Uruguai), Mestre em Gestão de Negócios e formação
profissional para a integração Latino-Americana (UCES - Argentina), especialista em marketing
(Faculdade São Judas Tadeu/RS e Bel. em Administração (Faculdade São Judas Tadeu). Diretor da
Professor Saul Consultoria e Capacitação Ltda e professor titular - Cesuca Complexo de Ensino
Superior de Cachoeirinha. Professor de Pós-Graduação da FGV, Cesuca, Faculdade Brasileira de
Tributação e SENAC RS. Tem experiência na área de Administração, atuando nos seguintes temas:
Liderança, Gestão Estratégica, Empreendedorismo e Marketing. Colunista da Revista Matéria Prima e
Grupo Sinos. Palestrante e Escritor premiado nacionalmente pela União Brasileira de Escritores (UBES)
e internacionalmente no VI Concurso Literário Internacional Buriti Cronicontos 2015 (Prêmio Buriti
2015) e Associação Internacional Alpas 21. Autor de diversos livros de crônicas e acadêmicos nas
áreas de Planejamento, Educação Financeira, Marketing e Empreendedorismo.
Informações de Submissão
Recebido em 10/06/2017
Aceito em 27/10/2017
Publicado em 25/03/2018
Resumo
O presente artigo traz a espiritualidade como ferramenta
de comp etitividade para organizações do século XXI, capaz de
solucionar os principais desafios que fazem parte do cotidiano das
empresas, tais como: O nã o engajamento dos colaboradores, a
desmotivação e a consequente falta de adaptação as frequentes
mudanças de mercado. Aborda em seu conteúdo a globalização,
consequências e sua relação com a competitividade e a mudança do
comportamento das gerações globalizadas. Posteriormente
apresenta a inteligência espiritual, diferindo espiritualidade de
religiosidade. Trata -se de uma pesquisa exploratória e bibliográfica
que apresenta como resultados o novo modelo de empresa
competitiva deste século, onde o colaborador surg e como o Nono
elemento da competitividade organizacional sustentável e a
correlação entre competitividade x espiritualidade na gestão.
Resumen
El presente artículo presenta la espiritualidad como herramienta del
desarrollo para organizaciones del sículo XXI, capaz de solucionar los
principales desafíos que hacen parte del cotidiano de las empresas,
como: El no encajamiento de los empleados, la desmotivación y la
Palavras-chave
Competitividade Globalização -
Espiritualidade Gestão de Pessoas
Palabras Chaves
Competitividad Globalización -
Espiritualidad Gestión de las personas
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Revista Global Manager Edição Especial v. 17, n. 2, p. 142-163, 2017
consecuente falta de adaptaci ón los frecuentes cambios de los
mercados. Aborda en su contenido, la globalización, consecuencias y
su relación con la competitividad y el cambio del comportamiento
de las generaciones globalizadas. Por fin, presenta la inteligencia
espiritual, que no es igual a religión. Trata-se de una pesquisa
exploratoria y bibliográfica, que presenta como resultados el n uevo
diseño de una empresa competitiva organizacional so stenible y la
correlación entre competitividad x espiritualidad na gestión.
Introdução
A chave da competitividade das organizações do século XXI está na
execução da sua estratégia, com base no que foi planejado. A execução depende
primariamente de pessoas e a realidade nos mostra que uma grande parte das
empresas possui no seu quadro, colaboradores não engajados, desmotivados e
consequentemente com pouca capacidade de adaptação. A espiritualidade surge
como tema deste artigo, capaz de trazer soluções para estes complexos problemas.
Segundo Karakas (2010), espiritualidade é a parte imaterial, intelectual e a
alma, representando o aspecto invisível e intangível de cada um. Tem a ver com o
significado da vida e razão de viver. Aburdene (2006), afirma que a espiritualidade
possui bases e referências de excelência, como significado e propósito, compaixão,
consciência, prestação de serviço e bem-estar. Zorar (2006) conceitua
espiritualidade como a terceira inteligência que soluciona problemas de sentido e
valor, sendo usada para desenvolver valores éticos e crenças que irão nortear as
ações.
Espiritualidade é diferente de religiosidade. Religião do Latim é “religare”, ao
espiritual. MOGGI e BURKHARD (2004), define que as religiões são caminhos
diferentes para desenvolver a espiritualidade. Chopra (2012) afirma que o tema
espiritualidade difere da religião, segundo ele a religião vem sofrendo desgastes ao
longo dos tempos. “Na imaginação popular, há muito tempo a ciência desacreditou a
religião”. (CHOPRA, 2012, p. 18). Outra diferença significativa, é que a religião é
rígida nos conceitos, dogmas e rituais que a sustentam, o que acarreta
inexoravelmente em preconceitos e atitudes negativas. Por outro lado, a
espiritualidade é flexível. Para Vasconcelos (2008) a espiritualidade é considerada

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