Encerramento

AutorAires Barreto
Páginas186-191

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Presidente do Congresso (Profa. Elizabeth Nazar Carraza) - Passo, agora, a palavra ao Prof. Aires Barreto, Presidente do Instituto Geraldo Ataliba-IDEPE, que vai encerrar o Congresso.

Presidente do IDEPE (Prof. Aires Barreto) - Exma. Sra. Profa. Dra. Elizabeth Nazar Carrazza, digníssima Presidente deste XXIII Congresso Brasileiro de Direito Tributário. Exmo. Sr. Prof. Roque Carrazza, em cuja pessoa peço vênia para saudar os demais componentes da Mesa e as autoridades que se encontram no Auditório.

1. Enaltecido e mesquinho

Não sei como dar-lhes a ver - douta Mesa, Srs. Congressistas - quanto me sinto enaltecido com esta distinção grandiosa e, ao mesmo tempo, a que ponto me acho mesquinho para merecer a honra de vir a encerrar o XXIII Congresso Brasileiro de Direito Tributário, especialmente depois de por aqui terem passado não só o insuperável Eugênio Doin Vieira como os notáveis oradores Roque Carrazza e Eduardo Bottallo.

Diante disso, perdoem-me, nem sabia como começar.

2. Um momento de alegria

E, por não sabê-lo, aconselharam-me a que iniciasse com um panegírico à Presidente Elizabeth Nazar Carrazza. Vejamos se é o caso.

"Panegírico", ensinam os nossos léxicos - desde os atenienses com Isócrates -, como diria o nosso grande orador, mestre Roque Carrazza, é discurso laudatório, encomiástico, de enaltecimento. Quem o faz é aquele que louva, que gaba, que elogia. Se assim é, como de fato o é, a nossa Presiden-te - Dra., stricto sensu, Elizabeth Nazar Carrazza - não precisa de nenhum panegírico. Definitivamente, não. Precisa - e isto, sim, rapidamente o farei - que sobre ela sejam mencionados alguns dos seus reais méritos, já que todos, aqui, não caberiam.

Basta se diga que a Profa. Dra. Elizabeth Carrazza, além de ter sido respeitada Diretora da Faculdade de Direito da PUC/ SP, por mais de um lustro, edificou suas atividades acadêmicas sobre o alicerce do trabalho, semeando idéias, propondo soluções aos problemas mais intrincados, sem se afastar dos seus ideais.

São esses os três aspectos do compêndio de bem que timbra o caráter da Profa. Elizabeth. Os três versículos de um evangelho de vida impecável.

Ao lado disso, a Profa. Elizabeth é um dos esteios do IDEPE. Foi sua fundadora e colabora ativamente com o Instituto, desde então.

O IGA-IDEPE, para ela, é mais que uma entidade. É também Geraldo Ataliba, seu preceptor. É, ainda, ciência, a universidade informal, o fim proclamado em seus estatutos, é cultura jurídica, é a consciência da cidadania, a defesa da Constituição e dos seus princípios. É onde vislumbra um futuro de esperança, de realização dos anseios nacionais.

Beth - como carinhosamente a chamamos -, humilde que é, não arrefeceu e fez-se esperar por este dia, colhendo os resultados auspiciosos desta nova missão triunfal.

Radiantes estamos todos por tê-la tido como Presidente. Foi o que nos disseram, também, na sua silenciosa e austera alegria, os umbrais desta Casa, sua Mesa, sua Tribuna, suas recordações e um auditório repleto de admiradores intelectuais.

Não foi sem razão a sua escolha como "garota-propaganda" da PUC. Essa opção

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da Escola Paulista de Direito envolve dois aspectos simbólicos, absolutamente distintos. Marca, de um lado, sua inegável competência de Professora e de Dirigente; timbra, de outro, a carinhosa atenção que lhe dedicam todos.

Receba, por tudo, Profa. Dra. Eliza-beth Nazar Carrazza, o nosso mais profundo agradecimento!

3. Srs Conferencistas, Palestrantes e Debatedores

Tivemos por conferencistas, palestrantes e debatedores figuras do porte de Paulo de Barros Carvalho, de Souto Borges, de Eduardo Bottallo e muitas outras, que formam um seleto grupo de juristas brasileiros, muitos conhecidos não só nacional, mas internacionalmente. Bottallo nos deu importantes lições sobre os quatro alicerces constitucionais do procedimento administrativo tributário; Paulo encantou-nos com sua análise, sempre profunda, de um dos mais relevantes temas entre aqueles que afligem os que se dedicam à matéria tributária.

Não há como referi-los todos. Por isso, peço licença para homenageá-los na figura maiúscula de Souto Maior Borges, nosso conferencista de há pouco.

Conta-nos o grande Vieira, nos seus Sermões, que, de um pedaço de tronco de árvore do qual se fizeram duas achas, uma teve por destino ir ao fogo e a outra a de servir de embrião de uma bela escultura. Pedaços da mesma árvore, cepos do mesmo tronco, com destinações tão diversas.

Assim também é com os...

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