Editorial dossiê saúde mental

AutorJoaci de S. Cunha, Ângela Maria Carvalho Borges
Páginas4-5
Cadernos do CEAS, Salvador/Recife, n. 246, p. 4-5, jan./abr., 2019 | ISSN 2447-861X |
doi>: 10.25247/2447-861X.2019.n246.p4-5
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EDITORIAL
Seguindo a sua missão de acolher e disseminar textos capazes de contribuir
criticamente para debates sobre as várias dimensões da questão social brasileira, as lutas nela
inscritas e as alternativas para o seu enfrentamento, inclusive aquelas voltadas par a a
construção de políticas públicas, este número dos Cadernos do CEAS traz eleme ntos para o
debate tão relevante quanto urgente sobre a Reforma Psiquiátrica.
Os textos sobre o tema estão agregados em um Dossiê sobre Saúde Mental
coordenado pela professora Ana Pitta, a qu al é responsável, em coautoria com a
pesquisadora Ana Paula Guljor, pelo texto “A violência da contrarreforma psiquiátrica no
Brasil: um ataque à democracia em tempos de luta pelos direitos humanos e justiça social”,
que introduz o Dossiê com uma breve análise da luta pela Reforma Psiquiátrica e suas
conquistas e do avassalador processo de desconstrução dessa política no contexto dos
retrocessos políticos, econômicos e sociais a que o Brasil vem sendo submetido a partir de
2015. A leitura deste texto conduzirá os leitores, mesmo aqueles não familiarizados com o
tema, a compreender a relevância das demais contribuições do dossiê, que tratam de
aspectos específicos do debate sobre a saúde mental, drogas e sobre as políticas públicas,
cuja construção e aprimoramento estão sob grave ataque. Ainda abordando as políticas de
saúde, a Gestão do SUS em Salvador é discutida artigo de autoria de Érica Rios de Carvalho,
baseado na análise de dois planos municipais de saúde da capital baiana.
Este número dos Cadernos do CEAS agrega ainda três artigos que tratam de temas da
questão urbana. Manoel Nascimento faz uma revisão da literatura sobre o processo de
formação da cidade do Salvador, de 1946 a 1988, marcado pela centralidade das favelas, para
colocar a questão que dá título ao artigo “É a favela o modelo de um "urbanismo insurgente"?
Pistas para um estudo das formas disciplinar e securitária de produção do espaço urbano de
Salvador”.
Em “A financeirização das cidades e a emenda constitucional 95”, de 2016, Ana
Beatriz Oliveira Reis e Luccas Assis Attílio colocam em discussão o congelamento dos
investimentos públicos por 20 anos, limitados a recomposição da inflação, e estabelecendo,
para cada exercício, limites individualizados para as despesas primárias.

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