Editorial

AutorJoaci Cunha - Ângela Borges
CargoEditores
Páginas1-3
Editorial
Cadernos do CEAS, Salvador, n. 234, p. 1-3, 2015. 1
EDITORIAL
De volta: vida longa aos Cadernos
Neste momento de retomada, é impossível não relembrar a trajetória dos Cadernos do
CEAS, revista que, desde a sua primeira edição, publicada logo após a decretação do AI-5, até
a primeira década do século XXI, circulou como um espaço de reflexão alternativo. Lançada
pelo Centro de Estudos e Ação Social (CEAS), em março de 1969, os Cadernos do CEAS
atravessaram conjunturas diversas, sempre analisando criticamente a realidade brasileira em
sua inserção internacional, denunciando formas de opressão e desigualdades sociais e
indicando as iniciativas das classes populares como caminho para superá-las.
Neste novo milênio, entre 2009 e 2014, a circulação da revista sofreu a única
suspensão de sua história. As dificuldades financeiras para manter uma publicação impressa
editada por uma instituição que não pertencia à academia, ainda que dela muito próxima, ou
ao Estado , determinaram o que nem a ausência de liberdade de expressão do período
ditatorial, nem as décadas típicas do conservadorismo neoliberal haviam conseguido.
Neste ano de 2015, o Centro de Estudos e Ação Social (CEAS), a Universidade
Católica do Salvador (UCSal) e a Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP), em
parceria editorial, retomam a publicação da revista Cadernos do CEAS, adotando o meio
eletrônico, sem prejuízo de eventuais edições impressas. O novo suporte proverá a revista dos
recursos de veiculação, indexação e preservação hoje disponíveis no âmbito digital, na
perspectiva de dar-lhe mais agilidade, visibilidade e, consequentemente, maiores e melhores
condições de acesso e uso.
Esta edição (n. 234), a primeira após a retomada, busca iniciar a recuperação da sua
área de circulação anterior, mas também tem o propósito de ir ao encontro de novos leitores.
Nessa perspectiva, os Cadernos trazem, nas páginas que seguem e assinada pela Equipe de
Assessoria do CEAS, uma ampla análise da crise mundial e da conjuntura socioeconômica e
política brasileira dos últimos anos, onde a instituição, tradicionalmente voltada a apoiar os
movimentos sociais e pastorais populares, expressa suas posições sobre os acontecimentos e
processos relacionados à crise econômica e à política em curso em 2015.
Assim, os autores de Crise mundial e a tr ajetória do Brasil, entre 2008 e 2015, sem a
pretensão de dar conta da complexidade dos processos sociais, econômicos, políticos e

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