Editorial

Páginas4-9
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Cadernos do Ceas, Salvador/Recife, n. 240, p. 4-9, jan./abr., 2017 | ISSN 2447-861X
EDITORIAL
Editorial
Neste ano do cinquentenário do CEAS e que a revista Cadernos do CEAS completa 48
anos, celebrados num encontro latino americano de centros e movimentos sociais, em
Salvador, a princípio de junho, é com muita satisfação que entr egamos aos nossos leitores e
leitoras sua edição 240 a qual, na maioria dos seus artigos, trata de uma temática essencial
em nossas reflexões e debates: os movimentos sociais, suas questões centrais, avanços e
desafios a serem enfrentados face ao contex to sócio-histórico e político, sempre dinâmico,
sempre em mutação. Deste modo, no contexto atual de retrocessos nas políticas púb licas
agrária e agrícola, o artigo A cidadania de Zé Francisco e a história ‘feita de baixo’: Os
movimentos sociais de luta pela terra. Parte I: Da ditadura militar à redemocratização, foi
escrito em homenagem ao CEA S, em razão do apoio histórico prestado aos movimentos
sociais, pelo professor de Antropologia da Universidade de Liverpool, Inglaterra, Colin
Henfrey, que se propõe a apresentar um panorama da luta pela terra nas décadas de 1970 e
1980, partindo do Estado da Bahia até o Acre. Enfatiza a dinâmica da história camponesa nos
níveis locais e regionais e examina aspectos políticos em torno da questão da reforma agrária.
É um tex to que será ampliado, pois o autor propõe retomar a história das comunidades
estudadas, retomando sua análise a partir dos anos 90 até os dias atuais. Em sua abordagem
antropológica, esse artigo dialoga com os sujeitos na sua trajetória histórica de luta pela
terra.
Também nesta perspectiva de resgate do processo histórico, dos enfrentamentos e
conquistas obtidas, te mos o artigo Movimento Social Negro (MSN) e religiões afro-
brasileiras: questões identitárias e a promoção da igualdade racial. Trata-se de parte da
pesquisa desenvolvida por Maria Cristina do Nascimento, sob o título: Políticas Públicas com
Axé: religiões afro-brasileiras e a promoção da igualdade racial (demandas para a educação
do Recife). Nele, a autora se propõe discutir as interfaces e articulações entre o MSN e as
religiões afro-brasileiras, e, tecendo considerações acerca de suas participações nas
Conferências de Igualdade Racial, busca identificar os avanços, bem como as
resistências/desafios a serem enfrentados para a implementação de políticas públicas

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