Representação da morte

AutorGeorges Duthuit (tradução de Maria José Werner Salles)
Páginas222-232
Tradução – Representações da morte – Georges Duthuit Boletim de Pesquisa NELIC v. 9, nº 14. 2009.2
O impossível Duthuit
Samuel Beckett (1906-1990) e Georges Duthuit
(1891-1973) mantiveram vários encontros, em 1949, com o
intuito de discutir a arte contemporânea. A primeira edição
desses diálogos saiu no quinto número da revista transition,
editada por Eugene Jolas e Carl Einstein, revista que tivera
a primícia de publicar o Finnegan´s Wake. Posteriormente
Beckett editou, em solitário, essas conversas sobre três
pintores que, a seu ver, representavam a modernidade na
arte, Pierre Tal Coat, André Masson e Bram Van Velde,
fazendo um belo contraponto a seu anterior ensaio sobre
Proust.
Duthuit, menos estudado, quase esquecido,
considera, no caso de Masson, uma das figuras mais
conspícuas do Colégio de Sociologia, que seu objetivo era
pintar o vazio, à maneira de Kirkegaard, "com medo e
tremendo". Sua preocupação seria a criação de uma
mitologia urbana contemporânea; mais tarde, teria sido o
homem, porém, não simplesmente solto no universo, à
maneira humanista, de Max Scheler, mas inserido numa
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