Crônica de um advogado criminalista em uma sexta-feira de sorte

AutorBryan Bueno Lechenakoski
CargoAdvogado
Páginas268-269

Page 268

INSPIRADO NA PROFESSORA e colunista Marion Bach, a qual narra as enrascadas e situações engraçadas que lhe acontecem, hoje meu artigo será diferente dos que normalmente escrevo, até porque estou trancado dentro do meu próprio carro na estrada em plena sexta-feira. Vamos lá.

Acordei hoje pela manhã com uma ótima sensação, a famosa sensação de: sextou! Pois é sexta-feira e meu dia estava todo programado para estar em casa até umas 18h no máximo, comendo um camarão fresco que iria comprar.

Pois bem. Logo pela manhã recebi uma ligação de uma colega, a qual me indicara um cliente que necessitava de um advogado criminalista com urgência. Ela passou meu contato e o rapaz me ligou. O rapaz ao telefone narrou suas angústias acerca de uma situação da qual tinha sido vítima e mencionou que precisava conversar comigo na parte da tarde. Disse-lhe que não poderia atendê-lo naquele período, pois tinha uma audiência criminal em Paranaguá para interrogatório de outro cliente (pensando nos meus camarões). Desligou, então, o telefone.

Não deixei me abalar e fui para casa almoçar e, então, seguir viagem para minha audiência.

Ao sair de casa, dei-me conta de que havia esquecido a chave do carro. Voltei, então, para buscá-la (destino me avisando para não ir, parte 2). Ao chegar no carro novamente, percebi que havia esquecido meus cartões (que advogado anda sem cartões de visita?). Mais uma vez, voltei para buscá-los (destino me avisando para não ir, parte 3). Retornando com os cartões e chave nas mãos, percebi que tinha esquecido minha pasta com meu notebook. Retornei outra vez, ignorando todos os sinais do destino (que já eram quatro avisos), mas prossegui em minha missão de conseguir entrar no carro com todos os objetos que precisava levar para a audiência. Assim, e até que enfim, tomei o rumo para o fórum de Paranaguá. A estrada estava lotada, porém prossegui na missão de percorrer os mais ou menos 91 quilômetros.

Sem mais nenhum aviso do destino até então, cheguei no fórum e, adivinha? A dita au diência foi cancelada (destino enviando sinal para ir para casa?). Pensei: "é sexta-feira, vou ficar mais um pouco".

O cliente chegou ao fórum (nesse caso sou advogado dativo e nomeado pelo estado), e após uns cinco minutos de conversa com o cliente, explicando todo o processo e o que poderia ser feito, outro advogado chegou. Era o que acabara de ser constituído pela mãe do cliente.

Poderia ter ido embora, mas, né? Sextou! Então, liguei para um amigo...

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