Conhecimento e linguagem

AutorArgos Campos Ribeiro Simões
Páginas23-35
3
CAPÍTULO 1
CONHECIMENTO E LINGUAGEM
1.1 O ato de conhecer
Serão infrutíferas as discussões que iremos travar se não
fincarmos premissas sólidas, indicativas de nossa visão sobre
o mundo social aliado ao mundo do Direito, ambos virtuais.
Na busca da interação tempo-direito e de suas conse-
quências jurídicas, portanto normativas, necessitamos ir às
raízes histórico-filosóficas do conceito de tempo, aliado a for-
tes premissas conceituais sobre o Direito da forma como o
“enxergamos”.
Esse é nosso método de aproximação na descoberta con-
ceitual do tempo jurídico, já que conhecer o objeto sem méto-
do é não conhecê-lo. Nesse sentido, Fabiana Del Padre Tomé
destaca que o “[...] eventual descaso pelo método, decorrente
da ânsia de oferecer farta cópia de informações, acaba por im-
pedir o conhecimento”1.
Robson Maia Lins destaca a necessidade de seleção con-
ceitual de premissas como passo inicial ao conhecimento
quando afirma “[...] que a postura de escolha dos conceitos
1. TOMÉ, F. P. Vilém Flusser e o constructivismo lógico-semântico. In: HARET, F.;
CARNEIRO, J. (Coords.). Vilém Flusser e juristas: comemoração dos 25 anos do gru-
po de estudos de Paulo de Barros Carvalho. São Paulo: Noeses, 2009. p. 322.

Para continuar a ler

PEÇA SUA AVALIAÇÃO

VLEX uses login cookies to provide you with a better browsing experience. If you click on 'Accept' or continue browsing this site we consider that you accept our cookie policy. ACCEPT