Carta aos leitores

Páginas7-8

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Chegamos com este no vigésimo segundo número de nossa revista, cumprindo com o nosso objetivo de promover estudos analíticos sobre a América Latina, que priorizem pela interdisciplinaridade e os estudos comparativos. Tal missão envolve um rol de competências ímpar, que só pode se concretizar graças à dedicação e ao trabalho em equipe.

Já são muitos os que participam deste importante instrumento de discussão acadêmica e difusão de conhecimentos sobre a América Latina. A este crescente número de pesquisadores, devemos o fato de a nossa revista prosperar como canal de divulgação acadêmico, ganhando, em nossos dias, projeção internacional de grande importância.

Assim, começamos este número agradecendo aos nossos colaboradores, aos pareceristas e à editora LTr, que em sua parceria com o PROLAM/USP, muito tem contribuído para o sucesso do Brazilian Journal of Latin American Studies - Cadernos PROLAM/USP. Em razão da diversidade de assuntos relativos à integração da América Latina, vale a pena, como de costume, fazer uma prévia dos trabalhos que dão corpo a este número.

Cecília Vitto analisa a atuação do ministro da economia argentino José Ber Gelbard (1917-1977) na política econômica do terceiro governo peronista (1973-1976). Tal política tinha a designação de "Plan Trienal para la Reconstrucción y la Liberación Nacional" e se sustentava por meio da aliança entre as organizações sindicais, o empresariado nacional e o Estado. O artigo consiste, portanto, em uma explanação sobre os objetivos e o desfecho deste último grande momento do peronismo.

Aos interessados na situação da ordem política no continente, recomendamos a leitura do artigo de Fabio Luiz Barbosa, que escreve sobre da deposição do presidente paraguaio Fernando Lugo, ocorrida em junho de 2012, em um processo de Impeachment de legitimidade contestável. Barbosa tece a teia das articulações políticas que levaram a deposição do presidente, e analisa o governo Lugo no complexo contexto de demandas sociais do Paraguai.

Fernanda Figueiras nos brinda com um pertinente ensaio sobre a identidade latino--americana: ela comenta o pan-americanismo de José Martí (1853 - 1895). Da riqueza de ideias do notável pensador cubano, é dado realce ao ideário do autoctonismo. Anti--imperialista que era, espectador da segunda metade do XIX, Martí é bem retratado no texto de Figueiras, de maneira que o trabalho que se apresenta é uma boa "porta de entrada" para o pensamento do Mártir da independência...

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