Apresentação do autor

AutorAntonio Carlos da Carvalho Pinto
Ocupação do AutorProfessor de Direito Processual Penal. 'Ex' Coordenador de Direitos e Prerrogativas da OAB/SP.
Páginas11-14

Page 11

Antes de tudo e por primeiro esclareço que a utilização de - entre títulos - como acima, encarna estilo, forma e meu modo pessoal de arrazoar, por isso que, embora incomum, tais "Destaques" serão utilizados nas narrativas.

Sou o quarto filho do médico Joaquim Roberto e da enfermeira Maria Christina Cintra de Carvalho Pinto quem, além de exercer Administração Hospitalar, exercitar benemerência, presidir o Clube das Abelhas e a Casa da Criança de Dois Córregos, depois das aulas particulares de Francês, reservava tempo para laborar traduções, como, "verbi gratia", a obra "Xeque Mate ao Ditador", de Gerhard Ritter, Ed. Senzala.

Aos quatorze anos iniciei-me como aprendiz no Cartório do Sr. Tulla, cursei, aprendi datilografia e, com 16 anos fui ser "office-boy" no escritório de advocacia do Dr. Mauro Viotto quem, anos depois, tornou-se emérito criminalista no Paraná.

Completados 18 anos, fui nomeado para trabalhar no Tribunal de Justiça, de onde não mais saí, até o infausto acidente doméstico.

Minha "vida forense" iniciou-se depois de rigorosa prova de Datilografia, tendo sido nomeado para a função de Oficial Judiciário junto ao 24º Ofício Criminal da Capital,

Page 12

atuando como Escrevente de Cartório, depois em "Sala de Audiência", passando à função de Oficial de Justiça, até exercer a Escrivania de Júri.

Mais que tanto, exerci a função de Jurado e, até mesmo, tomei assento no "Banco dos Réus", em face de Processo contra mim instaurado por conta de acusação de tentativa de homicídio.

Essa Ação Penal terminou com minha Absolvição Sumária pelo Tribunal de Justiça, depois de INCORRETA Decisão/Despacho de Pronúncia que me mandava ser julgado pelo Júri Popular.

Em suma:

No que tange ao Júri, vivenciei o Tribunal Popular como:

  1. Escrevente,

  2. Oficial de Justiça,

  3. Escrivão,

  4. Jurado,

  5. Assistente de Acusação,

  6. Defensor e, ainda,

  7. Réu.

Esclareço que, entre a advocacia pro bono, dativa, gratuita e causas particulares, atuei em pouco mais de 500 Plenários de Júri, exatos 544 (quinhentos e quarenta e quatro).

Neste primeiro momento, narrarei fatos e acontecimentos incomuns, que permitem reflexão acerca do adágio popular, segundo o qual:

Page 13

"Até as pedras se encontram".

A caminhada, iniciada como boy no Tabelionato do Sr. Tulla, recebido na capital como "caipira", formado em "faculdade do interior" - "PUCCamp" - com tais "predicados" cheguei a São Paulo, "com uma mão na frente e a outra atrás", ou seja, literalmente "na roça".

Tudo...

Para continuar a ler

PEÇA SUA AVALIAÇÃO

VLEX uses login cookies to provide you with a better browsing experience. If you click on 'Accept' or continue browsing this site we consider that you accept our cookie policy. ACCEPT