Afinal, RH para quê? um estudo em economia perférica

AutorAnderson de Souza Sant'Anna, Daniela Martins Diniz, Susan Mara Gaudensi Paiva
Páginas138-151
Anderson de Souza Sant’Anna • Daniela Martins Diniz • Susan Mara Gaudensi Paiva
R C A
Esta obra está sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso.
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RESUMO
O propósito deste artigo é apresentar resultados de uma
pesquisa direcionada a investigar papeis e competências
requeridas a prossionais de Recursos Humanos (RH) na rea-
lidade de um país de economia periférica1 (o Brasil). Para tal,
procedeu-se revisão teórica que explora relações entre estudos
nacionais e internacionais sobre a função RH e o construto
“competências”. Em termos metodológicos, a pesquisa pode ser
caracterizada como um estudo de caso de natureza qualitativa,
envolvendo a realização de 32 entrevistas em profundidade
com presidentes e diretores de empresas atuantes no Brasil,
bem como com especialistas brasileiros na área de gestão de
pessoas. Os resultados revelam percepções unânimes quanto
à prevalência de modelos de gestão de pessoas centrados
na “dimensão operacional”, sinalizando discrepâncias entre o
discurso de um “RH Estratégico” e práticas organizacionais. Em
relação a seu papel, caberia ao RH (re-)pensar-se como função
direcionada à promoção de organizações mais humanas.
Palavras-chave: RH Estratégico; Papeis e competências;
Economias Periféricas.
1 Santos (2014) utiliza o conceito de “economia periférica” referindo-se aos países que não acompanham o desenvolvimento tecnológico e
socioeconômico dos países desenvolvidos, como é o caso do Brasil.
ABSTRACT
The purpose of this article is to present results of a research
aimed at investigating the roles and competencies required
of Human Resources (HR) professionals in the reality of a peri-
pheral economy country (Brazil). For such, a theoretical review
was conducted, exploring the relationships between domestic
and international studies into the HR function and the “compe-
tence” construct. In methodological terms, the research can be
characterized as a case study, qualitative in nature, involving 32
interviews with presidents and directors of companies, as well
as with Brazilian specialists in the area of people management.
Findings unveiled unanimous understandings concerning the
prevalence of people management models centered upon
the “operating dimension”, signaling discrepancies between
the “Strategic HR” discourse and organizational practices. As
far as its role is concerned, it behooves HR to (re)think itself
as a function veered towards the promotion of more humane
organizations.
Keywords: Strategic HR; Roles and Competences; Peripheral
Economics.
AFINAL, RH PARA QUÊ?
UM ESTUDO EM ECONOMIA PERIFÉRICA
After All, What’s Human Resources For?
A Study in Peripheral Economics
Anderson de Souza Sant’Anna
Dr. Prof. e Pesquisador. Fundação Dom Cabral (FDC).
Belo Horizonte (MG). Brasil. e-mail: anderson@fdc.org.br
Daniela Martins Diniz
Dra. Prof. e Pesquisadora. Univ. Federal de São João del Rei (UFSJ)
Belo Horizonte (MG). Brasil. e-mail: danidiniz09@yahoo.com.br
Susan Mara Gaudensi Paiva
Mestre. Gerente de Projetos. Fundação Dom Cabral (FDC).
São Paulo (SP). Brasil. e-mail: susan@fdc.org.br
DOI: http://dx.doi.org/10.5007/2175-8077.2018 V20n51p138
Recebido em: 26/08/2017
Revisado em: 12/08/2018
Aceito em: 11/06/2018

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