Abuso sexual infanto-juvenil em uma análise sobre técnicas em terapias cognitivo-comportamentais em grupo (TCCG)

AutorKésia Alves Silva - Antonio Leonardo Figueiredo Calou - Rivalina Maria Macêdo Fernandes
CargoBacharel em Psicologia e especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental pelo Centro Universitário INTA (UNINTA). - Doutorando em Psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Cientista Social com mestrado na área. Professor do curso de especialização em Terapia Cognitivo-Comportamental do Centro Universitário INTA (UNINT...
Páginas1-19
Periódico do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Gênero e Direito
Centro de Ciências Jurídicas - Universidade Federal da Paraíba
V. 8 - Nº 05 - Ano 2019
ISSN | 2179-7137 | http://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/ged/index
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ABUSO SEXUAL INFANTO-JUVENIL EM UMA ANÁLISE SOBRE
TÉCNICAS EM TERAPIAS COGNITIVO-COMPORTAMENTAIS
EM GRUPO (TCCG)
Késia Alves Silva1
Antonio Leonardo Figueiredo Calou2
Rivalina Maria Macêdo Fernandes3
Resumo: Este trabalho teve por objetivo
promover a reflexão, o estudo e a
pesquisa acerca da temática do abuso
sexual na infância e na adolescência,
tendo como luz a terapia cognitiva-
comportamental. Diante do crescente
número de casos, visualizamos a
necessidade de se redobrar a assistência
psicológica. Sabendo do importante
impacto gerado por este fenômeno a
inúmeras crianças e adolescentes, foi
pontuada sobre o importante papel do
psicólogo no acolhimento a essas
vítimas, bem como um eficaz
acompanhamento em longo prazo, capaz
de trazer uma nova ressignificação de
vida, sofrimento e culpa. Em virtude
disto, buscou-se aqui apresentar as
técnicas mais utilizadas no acolhimento
1 Bacharel em Psicologia e especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental pelo Centro
Universitário INTA (UNINTA).
2 Doutorando em Psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
Cientista Social com mestrado na área. Professor do curso de especialização em Terapia
Cognitivo-Comportamental do Centro Universitário INTA (UNINTA).
3 Mestre em Gestão de Organizações Aprendentes pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB).
Psicóloga e professora do Centro Universitário INTA (UNINTA).
de crianças e adolescentes vítimas de
abuso sexual, envolvidas no processo
terapêutico grupal, realizado por
profissionais psicólogos cognitivos e
comportamentais.
Palavras-Chave: Crianças e
Adolescentes. Abuso Sexual. Terapia
Cognitivo-Comportamental.
Abstract: This study aimed to promote
reflection, study and research on the
theme of sexual abuse in childhood and
adolescence, with cognitive behavioral
therapy as its light. Given the growing
number of cases, we see the need to
redouble psychological assistance.
Knowing the important impact generated
by this phenomenon to countless
Periódico do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Gênero e Direito
Centro de Ciências Jurídicas - Universidade Federal da Paraíba
V. 8 - Nº 05 - Ano 2019
ISSN | 2179-7137 | http://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/ged/index
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children and adolescents, was stressed
about the important role of the
psychologist in welcoming these
victims, as well as an effective long-term
follow-up, capable of bringing a new
resignification of life, suffering and
guilt. Because of this, we sought to
present the most used techniques in the
reception of children and adolescents
victims of sexual abuse, involved in the
group therapeutic process, performed by
professional cognitive and behavioral
psychologists.
Keywords: Children and Adolescents.
Sexual abuse. Cognitive behavioral
therapy.
Introdução
A violência contra crianças e
adolescentes constitui atualmente um
problema de saúde pública que ocorre
em diversas culturas e a todo momento.
(Pelisoli e Picolloto, 2010). Ela não
somente fere os direitos humanos de suas
vítimas, mas também deixa inúmeras
consequências deletérias para o
desenvolvimento psicológico e físico da
população infanto-juvenil. Dentre as
formas de violência mais comuns
podemos citar a negligência e abuso
físico, psicológico e sexual que na
maioria das vezes ocorrem no próprio
ambiente familiar da criança (Habigzang
e Koller, 2011).
De acordo com o Plano Nacional
de Enfrentamento da Violência Sexual
de Crianças e Adolescentes (Brasil,
2015), deve-se “trabalhar a violência
sexual como um macroconceito
que envolve duas expressões: abuso
sexual e exploração sexual”. Entendendo
o abuso sexual, como tema central deste
trabalho, partirmos da definição de
Morechi (2018, p.17) que introduz como
“toda ação que obriga uma pessoa a
manter contato sexual, físico ou verbal,
com uso da força, coerção, chantagem,
manipulação, ameaça ou qualquer outro
meio que anule ou limite a vontade
pessoal”. Já a exploração sexual, por sua
vez, “é o uso sexual de criança ou
adolescente para obter lucro, troca ou
vantagem. Já a exploração sexual se
expressa de quatro formas: prostituição,
pornografia, tráfico e turismo sexual”,
segundo a cartilha do Ministério Público
do Distrito Federal e Territórios (Brasil,
2015).
Conforme dados da Fundação
ABRINQ - Associação Brasileira dos
Fabricantes de Brinquedos, em 2017, o
disque 100 recebeu mais de 144 mil

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