E Simmel chegou a ILHA... de NAVI

AutorCarmen Rial
CargoUniversidade Federal de Santa Catarina
Páginas215-217

Carmen Rial1

    And Simmel came to island...by NAVI

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Não chega a ser uma novidade a presença de Simmel nas bibliografias dos cursos de Antropologia das pós-graduações no Brasil. Ele tem sido um convidado assíduo e bem-vindo, ainda que, injustamente, a obra desse pensador não seja considerada como uma das matrizes da disciplina, como as dos antropólogos e pensadores das escolas anglo-saxãs e francesas. Poucos se lembram que no primeiro número da revista L'Année Sociologique, em 1896, além do artigo do seu fundador Emile Durkheim, temos apenas um outro autor a publicar o que a revista designava não como artigos mas como mémoires originaux, justamente Simmel. Durkheim publicou La prohibition de l'inceste et ses origines, Simmel publicou Comment les formes sociales se muntiennent.

Por que o relativo silêncio de Simmel no Brasil? Porque Simmel foi ensaísta? Porque escreveu em uma língua de trânsito mais restrito na nossa poliglota academia? Seja como for, seus trabalhos tem tido um acesso difícil, ele tem sido lido através de seus interpretes em inglês e francês, pois só recentemente seus trabalhos começaram a ser traduzidos para o português, pela iniciativa de colegas sociólogos2 e de Simone Maldonado.

Por não ser uma referencia incontornável, foi admirável ver o grau de interesse despertado pelo pensador alemão do dinheiro, do amor e da aventura entre os/as jovens do PPGAS e do PPGICH que participam do Núcleo de Antropologia Visual e Estudos da Imagem/Grupo de Antropologia Urbana e Marítima, mais conhecido como NAVI. Durante todo um semestre, eles/elas se encontraram semanalmente em torno da grande mesa da sala de reuniões do Departamento para conversar em torno dos capítulos, livros e textos de Simmel. Bonito de ver. Não havia professores/as, não havia lista de presença, não havia trabalhos ou conceitos finais. Mas, fazia chuva ou sol,

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e lá estavam, assíduos como nunca: Ronaldo Correa, Marcos Alexandre, Sandra da Silva, Ângela Souza, Michelline de Oliveira, Viviane de Assunção, Érica da Silva, Marcelo Ribeiro, Fernando Gonçalves Bitencourt, às vezes com a companhia de alunos de Iniciação Científica e de ex-alunos, como Ana Souza e Rose Gerber, e outras com a de visitantes como Matias Gódio e Mônica Siqueira. Era o Privatissimum, grupo de estudos do Simmel. Conforme o combinado numa reunião do NAVI, os encontros deveriam ter como objetivo um simpósio ao final do semestre para o qual seria convidado o BIEV, grupo...

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