Lei do Progresso. Progressão da Legislação humana. Código de Direito Natural Espírita

AutorFleurí Queiroz, José
Páginas247-268
247
ϑΟΣ⊃ ΦΛΕΥΡ⊆ ΘΥΕΙΡΟΖ
CAPÍTULO X III
LEI D O PRO GRESSO
PROGRESSÃO DA LEGISLAÇÃO H UM ANA
CÓD IGO DE DIREITO NATURAL ESPÍRITA
3 3.1 – “D a Per feição dos Ser es Cr iados” – Explana ção
de All an Kardec na R evista Espír ita, m arço de 1 86 4. Edit.
Edicel, tradução de Júlio Abr eu Filho, págs. 6 5-7 0.
(...) Há uma lei geral que rege os seres da criação, animados e
inanimados. É a lei do progresso. Os Espíritos são a ela submetidos
pela força das coisas, sem o que a exceção teria perturbado a
harmonia geral e Deus quis dar-nos um exemplo abreviado na
pro gressão da infância. Mas como o mal não existe como necessidade
na ordem das coisas, pois não é devido senão a Espíritos prevaricadores,
a lei do progresso absolutamente não os obriga a passar por esta
fieira para chegar ao bem; ela não os força senão a passar pelo
estado de inferioridade intelectual ou, por outras palavras, pela
infância espiritual. Criados simples e ignorantes, por isso imperfeitos,
ou melhor, ‘incompletos’, devem adquirir por si mesmos e por sua
própri a atividade, a ciência e a experiência que de início não podem
ter. Se Deus os tivesse criados perfeitos, deveria tê-los dotado, desde
o instante de sua criação, com a universalidade dos conhecimentos;
tê-los-ia isentado de todo trabalho intelectual; mas, ao mesmo tempo,
lhes teria tirado toda a atividade que devem desenvolver para adquiri-la,
e pela qual concorrem, como encarnados e desencarnados, ao
aperfeiçoamento material dos mundos, trabalho que não incumbe
mais aos Espíritos Superiores encarregados somente de dirigir o
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248 Φ
ΙΛΟΣΟΦΙΑ
∆Ο
∆ΙΡΕΙΤΟ
Ε
ΦΙΛΟΣΟΦΙΑ
ΕΣΠ⊆ΡΙΤΑ
aperfeiçoamento moral. Por sua mesma inferioridade tornam-se
uma engrenagem essencial à obra geral da criação. Por outro lado,
se os tivesse criado infalíveis, isto é, isentos da possibilidade de fazer
mal, eles fatalmente teriam sido impelidos ao bem como mecanismos
bem montados, que fazem automaticamente obras de precisão.
Mas, então, não mais livre-arbítrio e, por conseqüência, não mais
independência; ter-se-iam assemelhado a esses homens que nascem
com a fortuna feita e se julgam dispensados de fazer alguma coisa.
Submetendo-os à lei do progresso facultativo, quis Deus que tivessem
o mérito de suas obras, para ter direito à recompensa e a desfrutar a
satisfação de haverem conquistado suas próprias posições.
Sem a lei universal do progresso, aplicada a todos os seres,
teria tido que estabelecer uma ordem de coisas completamente outra.
Sem dúvida, Deus tinha a possibilidade. Por que não o fez? Teria
sido melhor de outro modo? Assim, ter-se-ia enganado! Ora, se
Deus pôde enganar-se, é que não é perfeito; se não é perfeito, não
é Deus. Desde que não se pode concebê-lo sem a perfeição infinita,
há que concluir-se que o que fez é o melhor; se ainda não estamos
aptos a compreender os seus motivos, certamente podê-lo-emos
mais tarde, num estado mais adiantado. Enquanto esperamos, se
não pudermos sondar as causas, poderemos observar os efeitos e
reconhecer que tudo no universo é regido por leis harmônicas, cuja
sabedoria e admirável previdência confundem nosso entendimento.
Muito presunçoso, pois, seria aquele que pretendesse que Deus
deveria ter regulado o mundo de outra maneira, pois isto significaria
que, em seu lugar, teria feito melhor. Taiso os Espíritos, cujo
orgulho e ingratidão Deus castiga, relegando-os a mundos inferiores,
de onde só sairão quando curvando a cabeça sob a mão que os fere,
reconhecem o seu poder. Deus não lhes impõe esse reconhecimento;
quer que seja voluntário e fruto de suas observações, razão por que
os deixa livres e espera que, vencido pelo mal mesmo, que a si
atraem, se voltem para Ele. (...)
Progresso Intelectual e Progresso Moral
Artigo 3 5 – O progresso moral é a conseqüência do
progresso intelectual, mas não o segue sempre imediatamente.

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