Ana C. e Caio F. - o encontro dos corpos e das escrituras
Autor | Luiza Possebon Ribas |
Páginas | 139-153 |
BOLETIM DE PESQUISA NELIC
V° 9 - N° 14
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DO COMEÇO AO FIM DO POEMA
Alberto Pucheu
BOLETIMDEPESQUISANELIC:EdiçãoEspecial
V°3–DossiêAnaCristinaCesar
Artigos
ANAC.ECAIOF.
Oencontrodoscorposedasescrituras
LuizaPosebonRibas
2010.1
Artigo – ANA C. E CAIO F. – Luiza Possebon Ribas Boletim de Pesquisa NELIC – Edição Especial V. 3 2010.1
Hoje eu arrasei
Na casa de espelhos
Espalho os meus
rostos
E finjo que finjo que
finjo
Que não sei
(A mais bonita, Chico
Buarque de Holanda)
Escritores contemporâneos navegantes de dois rios: Ana
Cristina Cesar, do Rio de Janeiro e Caio Fernando Abreu, do Rio
Grande do Sul. Por afluentes de similar correnteza estético-
literária encontram-se os dois barcos num fluxo paralelo que
configuraria a produção literária das décadas de 70-90. E
nessas águas é que se apresenta o espaço deste trabalho: a
compreensão de contato, de uma política de afecção, deste jogo
duplo de escritura, onde o outro não é puramente um estranho,
mas também é familiar. Marinheiros (não de primeira viagem) de
uma escritura densa, senhores de si e tão joviais na crista da
onda, ambos elaboraram, sobretudo, um projeto que foi a busca
de um eu. De um eu perdido, embora não-inocente.
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